Estudante do IFTM conquista prêmios na Feira Brasileira de Jovens Cientistas
Júlia Camargos Magalhães conquistou três premiações em sua primeira participação na Feira
Júlia Camargos Magalhães, estudante do IFTM
Campus Patos de Minas
Foto: Arquivo Pessoal
Neste
segundo semestre, a estudante Júlia Camargos Magalhães, do curso
Técnico Integrado em Mineração, do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) Campus Patos de
Minas, encerra sua pesquisa possibilitada por um edital da instituição.
Contudo, mesmo sem finalizá-la ainda, a jovem já colheu bons resultados este
ano. Júlia participou da Feira Brasileira de Jovens Cientistas (FBJC) e
conquistou nada menos que três prêmios no evento, que tem abrangência nacional.
O trabalho
intitutlado “Black Mirror e suas representações de nossos tempos: tecnologia e
distopias cotidianas” ficou classificado em terceiro lugar na categoria de
Ciências Humanas, além de ter recebido o Prêmio de Honra em Educação e Ciências
concedido pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil e o prêmio de estreante
destaque. Para Júlia, os prêmios tiveram um ar de surpresa, uma vez que ela
participava pela primeira vez, mas mostraram a importância de seu trabalho.
“Eu me inscrevi na FBJC sem expectativa
nenhuma e achando que eu não ia vencer nenhum prêmio, pois não conhecia muito
bem a feira. Com três prêmios, fiquei muito feliz de levar juntamente do meu
nome, o nome do meu orientador, o nome do IFTM e, principalmente, o do
IFTM Campus Patos de
Minas, que tem um destaque significativo na produção científica, principalmente
em ciências humanas”, avalia a estudante.
Sobre a
pesquisa
Certamente
muita gente já assistiu à série Black Mirror, disponível em um dos portais de
streaming mais populares da atualidade, mas talvez o termo distopia não seja
compreendido por todos. Distopia é o contrário de utopia e remete a um lugar
imaginário onde se vive sob sistemas autoritários, de opressão e repressão. A
série Black Mirror retrata um futuro distópico em seus episódios, assim como o
fazem muitas outras séries e filmes da atualidade.
“A ideia era pesquisar algo relacionado não
necessariamente à série, mas a algum tema que a gente poderia colocar como um
exemplo, então veio a ideia de estudar distopia”, afirma Júlia, que
complementa dizendo que “a gente criou um
novo conceito, que é o conceito de distopias cotidianas. A distopia clássica
nos lança no tempo histórico, apresentam a distopia no futuro, ela se coloca
dentro desse meio desvirtuado, desse futuro cinzento em que as instituições são
regradas e não há liberdade individual, não há liberdade de escolha e muitas
vezes o mundo de tópico ele é associado a um totalitarismo político”.
Júlia e
seu orientador Luis Fernando Tosta Barbato, professor do referido campus,
trabalharam a ideia de distopia cotidiana a partir da análise das redes
sociais. “Nós tentamos pegar essa ideia
de distopia e colocá-la dentro do nosso presente a partir do conceito de
distopias cotidianas. Enquanto a distopia clássica lança ao futuro, a distopia
cotidiana acontece no exato momento em que temos as nossas relações sociais”,
explica a estudante.
“Nós pegamos alguns exemplos das principais
questões e discussões nas redes sociais, até porque as redes sociais são o mais
novo palco de discussão da contemporaneidade. Um dos conceitos que se
popularizaram muito nas redes sociais é a cultura do cancelamento. Além da
cultura do cancelamento, nós discutimos questões acerca do boicote, acerca do
linchamento virtual, além de outras questões que são muito preocupantes,
principalmente dentro da esfera política”, completa Júlia.
Outros
destaques do IFTM na FBJC
A
estudante do 1º período do curso de Redes de Computadores do
IFTM Campus Uberlândia Centro, Bianca Mitie, ao lado de outros
colegas de fora da instituição, também foi premiada na FBJC, conquistando o
primeiro lugar na Maratona de Inovação. O resultado foi anunciado no dia 02 de
julho, em transmissão ao vivo pelo Youtube.
Com um
projeto da área educacional, a equipe conquistou um prêmio de R$2 mil, além de
medalhas e o reconhecimento de ter um projeto inovador. Bianca integrou uma
equipe de sete pessoas, que desenvolveram um projeto para combater a defasagem
escolar.
Saiba
mais na página do IFTM
Campus Uberlândia Centro.
Sobre a
Feira Brasileira de Jovens Cientistas
A Feira
Brasileira de Jovens Cientistas (FBJC) é a primeira feira científica totalmente
virtual do Brasil. Além de facilitar o acesso a oportunidades científicas a
estudantes de Ensino Médio, o evento integra, desenvolve, conecta e valoriza o
potencial dos jovens cientistas e o impacto de todos os projetos. Dessa forma,
a iniciativa conceituada, planejada e realizada por jovens pesquisadores
fomenta a produção científica no Brasil e contribui para a visibilidade da
iniciação científica no Ensino Médio.
Dentre os objetivos da feira, destacam-se: divulgar projetos científicos realizados por estudantes brasileiros de Ensino Médio, localizados tanto em escolas situadas em território nacional quanto no estrangeiro, facilitando o acesso a eventos e oportunidades científicas; lapidar e auxiliar no aprimoramento de projetos científicos realizados por jovens cientistas e contribuir para o desenvolvimento do jovem pesquisador; conectar jovens cientistas e possibilitar a troca de conhecimentos, integração e discussão entre eles, universidades, empresas, professores e pesquisadores de todo o Brasil; e valorizar os estudantes de Ensino Médio e suas pesquisas científicas, assim como reconhecer projetos inovadores, autorais, relevantes e embasados na metodologia e rigor científicos.
Fonte: IFTM