Pandemia: Escolas só devem ficar fechadas se não houver alternativa, dizem entidades
Os governos devem
priorizar a continuidade da educação e o fechamento de instituições escolares só deve ser
considerado quando não houver outras alternativas.
Essas orientações são do guia atualizado com protocolos sanitários e medidas de segurança contra a disseminação do novo coronavírus na volta às aulas - publicado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e Cultura (Unesco) na segunda-feira, 14.
De acordo com o
documento, o objetivo é ajudar governos e educadores a tomarem decisões sobre o
funcionamento das escolas com a maior segurança possível durante a pandemia. A prioridade é "a continuidade da educação das
crianças para o bem-estar geral, saúde e segurança", ressalta o texto.
O guia considera
ainda que a retomada do ensino deve ser realizada com um plano detalhado de protocolos, que
inclui principalmente: distanciamento social, limitação do número de pessoas -
com modificações de horários e revezamentos de turmas -, uso de máscaras, medidas de higiene, plano de ventilação adequada
e cuidados com alunos, professores e funcionários
que possam estar doentes.
As entidades explicam que, do ponto de vista da
saúde pública, a decisão de fechar ou reabrir escolas deve ser orientada por
uma abordagem baseada no risco, levando em consideração a transmissão da COVID-19 em
nível local; a capacidade das instituições de ensino de adaptar seu sistema
para operar com segurança; o impacto do fechamento de escolas na perda da
educação, equidade, saúde geral e bem-estar das crianças; e a gama de outras
medidas de saúde pública implementadas fora da escola.
"As decisões sobre o fechamento total ou
parcial ou reabertura devem ser tomadas com base no nível local de transmissão
de SARS-CoV-2 e na avaliação de risco, bem como em quanto a reabertura de
ambientes educacionais pode aumentar a disseminação na comunidade. O fechamento
de instalações educacionais só deve ser considerado quando não houver outras
alternativas", diz o documento.
No fim de agosto, a OMS já havia declarado que
as escolas não são o motor principal de transmissão da COVID-19. "Até
agora sabemos que o ambiente escolar não é um fator preponderante na pandemia.
Mas há cada vez mais publicações que reforçam as evidências de que as crianças
têm um papel na contaminação, embora mais vinculada a encontros sociais",
disse o diretor regional para a Europa, Hans Kluge, durante coletiva de
imprensa.
Matéria:Jornal Estado de Minas/Foto: Pxhere