Sequestro de dados de dispositivos móveis podem ser evitados com medidas preventivas

Notícias | Sociedade

30 Julho, 2017

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Sequestro de dados de dispositivos móveis podem ser evitados com medidas preventivas


O sequestro de dados é uma forma de crime que vem crescendo bastante, não apenas em Patos de Minas e no Alto Paranaíba, mas no mundo inteiro. É chamado de Ransomware e os especialistas em segurança de dados dizem que mesmo pagando, os dados dificilmente são recuperados, sem contar o quanto é complicado descobrir de onde veio o invasor – considerado praticamente impossível.

Segundo o Delegado Regional Luís Mauro Sampaio, a invasão aos bancos de dados é crime, com pena de três meses a um ano, porém quando somado às ameaças e extorsões, as condenações aumentam consideravelmente de seis até doze anos de reclusão. Ainda conforme o delegado, ocorrências desse tipo são frequentes em empresas – que podem pagar valores altos de resgates. Mas o crime acomete pessoas físicas também. Estas em geral, pagam por medo de ter fotos ou vídeos íntimos publicados.

Em Patos de Minas, Luís Mauro Sampaio disse ter vários casos, e que a Polícia Civil investiga cada situação. Porém a Polícia Federal entra em ação quando é verificado que os criminosos que estão agindo são de outros países. Ele recomenda que o melhor remédio para evitar a modalidade criminosa é a prevenção: realização de constantes backups (onlines e em discos rígidos – CD’s e HD’s) e a instalação de um poderoso e confiável sistema de programa anti-virus é fundamental.

Segundo Felipe Guelber que é professor de Sistemas de Informação, não existe propriamente dita uma clonagem de WhatsApp, mas sim uma espécie de ‘grampo’, onde todas as conversas, áudios e vídeos poderão ser vistos pela pessoa invasora, porém para tal feito é necessário que o interessado em promover a invasão tenha acesso ao telefone celular da vítima, porque a “instalação de um aplicativo é um dos suportes para o ’grampo’”. A principal prevenção é o controle total do acesso ao aparelho para evitar que alguém tenha a oportunidade de ‘plantar o grampo’.

A dica de ouro que o professor repassa para evitar que pessoas má intencionadas tenham a chance de hackear suas contas – não apenas do WhatsApp, Facebook e do Instagram é que ative a configuração de verificação de dois fatores – ou em duas etapas – para que um código seja solicitado e a pessoa escolha a combinação numérica. Ele é visível apenas ao celular do portador da conta. Logo, para conseguí-lo o criminoso deverá ter acesso ao celular da possível vítima para usar o número (somado a senha e usuário) e então liberar o uso do login. “Por exemplo, para instalar o WhatsApp em outro celular, esse outro código é solicitado. É uma proteção a mais para evitar que uma pessoa instale o WhatsApp se passando por você”.

Ele ainda alerta aos membros de casais que na ânsia de saber o que que o companheiro faz pelas redes sociais, recorre a anúncios fraudulentos - golpes – que instalam programas espiões no computador da vítima e acessam livremente os dados da pessoa. “Se você recebe mensagens oferecendo para que tenha acesso ao celular do companheiro – ou de outra pessoa – na condição de anteriormente pagar quantias em dinheiro, provavelmente é um golpe. Não existe mágica para ter acesso, a não ser que o criminoso tenha a possibilidade de tomar posse do telefone da vítima, o que é bem pouco provável”.

Fonte: Vanderlei Gontijo

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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