Aeroporto de Patos de Minas precisa realizar reformas para receber voos comerciais diários diz empresa de Azul
Em reunião realizada na última Terça-Feira (17/03), na sede do Ministério Público Federal (MPF), para debater o cancelamento dos voos diretos entre as cidades de Belo Horizonte e Patos de Minas, o representante da empresa Azul Linhas Aéreas afirmou que a suspensão deveu-se a inadequações do aeroporto da cidade.
Segundo Ronaldo da Silva Veras, gerente de relações institucionais da Azul, o aeroporto de Patos de Minas não possui as condições exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para operações com a aeronave ATR72. Ele reconheceu que existe demanda suficiente para viabilizar economicamente a retomada da ligação direta BH-Patos, mas que a questão operacional impediria a homologação do voo pela ANAC.
O prefeito de Patos de Minas, Pedro Lucas Rodrigues, comprometeu-se então a solucionar em até 60 dias todas as demandas atualmente existente, entre elas instalação de sistema de brigada de incêndio e de um aparelho de Raio X.
Atualmente não existem mais voos diretos entre as duas cidades. Eles foram cancelados em meados do ano passado, após a fusão das companhias aéreas Azul e TRIP. A única opção que restou para os habitantes de Patos de Minas, distante cerca de 400 km de Belo Horizonte, assim como para as populações dos demais municípios da região, é uma viagem com escala e conexões em Campinas/SP e preços e condições impraticáveis.
A empresa explicou que a troca dos voos foi feita para que o município não ficasse desamparado. O procurador da República Marcelo Freire Lage ressaltou que o objetivo da reunião nunca foi o de acabar com a alternativa do voo para Campinas, mas sim retomar a ligação direta com Belo Horizonte, com a população tendo duas alternativas de viagem para a capital mineira ao invés de apenas uma.
Segundo a Azul, caso efetuada a adequação do aeroporto, a empresa se compromete a estudar a viabilidade da retomada da linha direta BH-Patos.
Nesta quarta-feira, 18/03, o MPF expediu recomendação à prefeitura para que, em 60 dias, regularize as pendências apontadas como empecilho à homologação pela Anac.
Também participaram da reunião os prefeitos dos municípios de Presidente Olegário e de Lagoa Formosa; o procurador municipal de Patos de Minas, os presidentes da Sindcomércio, do Sindicato dos Produtores Rurais, da ACIPATOS e da CDL; o secretário da OAB Patos de Minas e o reitor da UNIPAM, entre outros representantes de órgãos e associações civis.
Fonte: Patos já
Fonte: Vanderlei Gontijo