Após Hospital Regional de Patos de Minas recusar paciente em estado grave SAMU diz que o fato está ocorrendo constantemente

Após 40 minutos de espera e sem sucesso, paciente foi levada para Santa Casa.

Notícias | Saúde

16 Janeiro, 2022

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Após Hospital Regional de Patos de Minas recusar paciente em estado grave SAMU diz que o fato está ocorrendo constantemente


A direção do Hospital Regional Antônio Dias recusou atendimento a uma paciente que foi socorrida pelo SAMU em estado grave. A mulher de 64 anos sofreu um mal súbito em Santana de Patos e chegou a ser reanimada no caminho para o hospital. Após aguardar 40 minutos dentro da ambulância, a vítima foi levada para o Centro de Terapira Intensiva – CTI da Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas.

Segundo informações da médica plantonista do SAMU, familiares ligaram no telefone 192 e informaram que a mulher de 64 anos havia sofrido um mal súbito. Imediatamente, uma ambulância de atendimento básico foi para o local.

A mulher estava inconsciente e em estado grave. Diante da situação foi encaminhada para Patos de Minas e uma ambulância avançada foi acionada para auxiliar no atendimento.

Na BR-365, a paciente chegou a sofrer uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada pelos socorristas. A regulação do SAMU ligou no Hospital Regional Antônio Dias para informar a situação e o deslocamento da paciente para o local.

Para surpresa dos servidores do SAMU, quando chegaram ao hospital, o portão foi fechado para não receber a paciente. A direção do hospital informou que o HRAD estava lotado e não havia condições de receber novos pacientes.

Diante da situação, a Polícia Militar foi acionada para registrar um boletim de ocorrência. Após uma espera 40 minutos, a regulação conseguiu vaga de UTI na Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas.

Os socorristas disseram ainda que tiveram que trocar a bala de oxigênio da paciente, devido à demora no atendimento. Ainda de acordo com servidores do SAMU, casos como este estão sendo frequentes no Hospital Regional Antônio Dias.

Os socorristas alertam também que o HRAD é referência em atendimento cirúrgico de alta complexidade e que casos de acidentes graves, baleados e esfaqueados, podem não ter o atendimento hospitalar adequado caso o hospital recuse receber.

Por Igor Nunes

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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