Após Hospital Regional de Patos de Minas recusar paciente em estado grave SAMU diz que o fato está ocorrendo constantemente
Após 40 minutos de espera e sem sucesso, paciente foi levada para Santa Casa.
A direção do
Hospital Regional Antônio Dias recusou atendimento a uma paciente que foi
socorrida pelo SAMU em estado grave. A mulher de 64 anos sofreu um mal súbito
em Santana de Patos e chegou a ser reanimada no caminho para o hospital. Após
aguardar 40 minutos dentro da ambulância, a vítima foi levada para o Centro de
Terapira Intensiva – CTI da Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas.
Segundo
informações da médica plantonista do SAMU, familiares ligaram no telefone 192 e
informaram que a mulher de 64 anos havia sofrido um mal súbito. Imediatamente,
uma ambulância de atendimento básico foi para o local.
A mulher
estava inconsciente e em estado grave. Diante da situação foi encaminhada para
Patos de Minas e uma ambulância avançada foi acionada para auxiliar no
atendimento.
Na BR-365, a
paciente chegou a sofrer uma parada cardiorrespiratória e foi reanimada pelos
socorristas. A regulação do SAMU ligou no Hospital Regional Antônio Dias para
informar a situação e o deslocamento da paciente para o local.
Para surpresa dos
servidores do SAMU, quando chegaram ao hospital, o portão foi fechado para não
receber a paciente. A direção do hospital
informou que o HRAD estava lotado e não havia condições de receber novos
pacientes.
Diante da
situação, a Polícia Militar foi acionada para registrar um boletim de
ocorrência. Após uma espera 40 minutos, a regulação conseguiu vaga de UTI na
Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas.
Os socorristas
disseram ainda que tiveram que trocar a bala de oxigênio da paciente, devido à
demora no atendimento. Ainda de acordo com servidores do SAMU, casos como este
estão sendo frequentes no Hospital Regional Antônio Dias.
Os socorristas alertam
também que o HRAD é referência em atendimento cirúrgico de alta complexidade e
que casos de acidentes graves, baleados e esfaqueados, podem não ter o atendimento
hospitalar adequado caso o hospital recuse receber.
Por Igor Nunes