Audiência na Justiça Federal define primeiras ações sobre caso do Residencial Quebec
Em novembro de 2020, o Ministério Público Federal (MPF) anunciou uma Ação Civil Pública contra a Pizolato Construtora e Incorporadora, responsável pelos Residenciais Quebec, a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura de Patos de Minas. No total o pedido de indenizações superava R$ 30 milhões. Dentre as alegações estavam os transtornos e problemas de saúde gerados pelo mau cheiro oriundo da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Segundo a
denúncia, a ETE foi construída antes do residencial, ou seja, a construtora já
saberia do incômodo que o mau cheiro causaria aos moradores. Na última
quarta-feira (10/03) foi realizada uma audiência de conciliação na Justiça
Federal. Devido a pandemia, as partes se reuniram virtualmente. A sessão foi
conduzida pelo Juiz da 1º Vara, Dr. Flavio Bittencourt de Souza.
Representantes da
COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) participaram e responderam
questionamentos de ordem técnica. Ficou acordado que:
A prefeitura de Patos de Minas:
Fará uma revisão
no processo de concessão das licenças e alvarás dos loteamentos;
Com auxílio
técnico da COPASA, implantará uma rede de percepção de odores para mapear as
residências mais afetadas pelo mau cheiro;
Instalará uma rede
de atendimento à saúde para os moradores dos Residenciais Quebec.
A Caixa Econômica Federal:
Promoverá, com
apoio da prefeitura de Patos de Minas, atualização cadastral das famílias para
fins futuros.
Ministério Público Federal, Caixa
Econômica Federal e Pizolato, em conjunto:
Orçará o estudo
diagnóstico com projeto de soluções que identifique, proponha e projete medidas
alternativas para a eliminação/redução dos gases tóxicos e maus odores
liberados pela ETE;
Elegerá o
responsável técnico pelos estudos;
Definirá o rateio
(divisão) dos custos do referido estudo;
Apresentará o
resultado em juízo no prazo de 15 dias úteis.