Auxiliares de serviço da rede estadual protestam em Patos de Minas contra baixos salários
O protesto reuniu profissionais da limpeza e da cantina de escolas estaduais da cidade.
Nas escolas, além dos professores existem diversos profissionais
que são fundamentais para um bom andamento de um ambiente educacional de
qualidade. Esse é o caso dos auxiliares de serviços básicos das escolas, ou
cantineiras como são chamadas, responsáveis pelo preparo da merenda escolar e
limpeza da escola.
Nesta quarta-feira (10/05), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de
Minas Gerais (Sind-Ute) realizou uma paralisação total das atividades nas
escolas de Minas Gerais, em prol dos salários das ASBs. Em Patos de Minas não
foi diferente onde cerca de 25 auxiliares participaram de uma manifestação.
Eles se reuniram em frente a E.E Marcolino de Barros para protestar contra os
baixos salários pagos pelo governo do estado a categoria.
Ricardo Barreto, coordenador geral do SindUte , sub-sede Patos de Minas,
em entrevista ao jornalismo da Rádio Clube98, disse que o protesto é para
chamar atenção da situação desses trabalhadores. “Queremos o pagamento justo
pelo trabalho desenvolvido pelos ASBs das escolas estaduais de Minas Gerais. A
paralisação é uma luta pelo pagamento digno a essas trabalhadoras que são
extremamente importantes para a educação, que fazem a limpeza das escolas, a
manutenção, recebem os alunos, os professores, cuida do ambiente escolar, que
são desvalorizadas”, afirmou. Ricardo ressalta ainda que a categoria está
recebendo menos que um salário mínimo, e não tem seu desconto de INSS
repassado. “Se o governo do estado tivesse feito o pagamento de 14,95%
reivindicados, as ASBs estariam recebendo mais que um salário mínimo o que é de
direito constitucional,” ressaltou.
Dona Marlene de Fátima, que é auxiliar de serviços na Escola Estadual
Dona Guiomar de Melo participou do protesto. Ela disse que a carga horária das
auxiliares é de 6 horas diárias, 44 horas semanais, e que não recebem nem o
mínimo como ela. “Estamos reivindicando aumento do nosso salário, hoje estamos
recebendo cerca de R$900,00 reais, eu acho injusto, porque estamos pagando o
INSS, mas não esta sendo repassado. Se precisarmos de algum médico, por causa
de uma doença ou aposentar, não temos esse direito. Além de tudo, se precisar
fazer uma pericia temos que ir em Uberaba ou Belo Horizonte, e estamos arcando
do nosso bolso. Estamos fazendo um apelo as autoridades para dar apoio a nossa
causa, pedindo nada além do necessário, apenas nosso direito,” concluiu.
Redação: Clube Notícia