Banco Central aprova medidas adicionais de segurança para Pix
Recursos poderão ser bloqueados por 72 horas em suspeitas de fraude
A partir de 16 de novembro, as instituições financeiras
poderão bloquear o recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por
até 72 horas, caso haja suspeita que a conta beneficiada seja usada para
fraudes. A medida consta de resolução
publicada nesta terça-feira (28) pelo Banco Central (BC), com
medidas adicionais de segurança para o sistema instantâneo de pagamentos.
Segundo
o BC, o bloqueio preventivo permitirá que a instituição financeira faça uma
análise mais cuidadosa de fraude em contas de pessoas físicas, aumentando a
chance de recuperação dos recursos por vítimas de algum crime ou extorsão. O
bloqueio será imediatamente comunicado ao usuário recebedor.
A resolução também torna
obrigatória a notificação de infração, por meio da qual as instituições
registram eventuais irregularidades e compartilham as informações com as demais
instituições sempre que houver consulta a uma chave Pix. Atualmente, essa
notificação é facultativa. O BC também ampliou o uso do mecanismo para
transações em que pagador e recebedor tenham contas no mesmo banco e para
operações rejeitadas por suspeita fundada de fraude.
O uso de informações
vinculadas às chaves Pix será ampliado para prevenir fraudes. As instituições
poderão consultar as notificações de fraudes vinculadas a usuários finais mesmo
em procedimentos não vinculados diretamente ao sistema de pagamentos
instantâneos, como abertura de contas.
Responsabilização
A resolução obrigou que os mecanismos de segurança adotados
pelas instituições sejam no mínimo iguais aos procedimentos do BC. Casos de
excessivas consultas de chaves Pix que não resultem em liquidação ou de
consultas a chaves inválidas deverão ser identificados e devidamente tratados.
O BC também determinou que as
instituições que oferecem o Pix serão responsabilizadas caso fique comprovado
que a fraude decorreu de falhas nos mecanismos de segurança e de gerenciamento
de riscos. As instituições estarão obrigadas a usar as informações vinculadas
às chaves Pix como um dos fatores para autorizar ou rejeitar transações.
Aprimoramento
Em nota, o BC informou que as medidas criam incentivos para que
os participantes do Pix aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e
de análise de fraudes. Todas as medidas entrarão em vigor em 16 de
novembro, exceto os limites de R$ 1 mil para transações noturnas entre pessoas
físicas, aprovado
na semana passada, que entra em vigor em 4 de outubro.
Fonte: Agência Brasil