Carmo do Paranaíba completa 135 anos nesta terça-feira (4/10)

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04 Outubro, 2022

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Carmo do Paranaíba completa 135 anos nesta terça-feira (4/10)


Com uma população estimada em pouco mais de 30 mil habitantes (2021), a cidade se localiza no Alto Paranaíba e é conhecida, sobretudo, pela qualidade do café produzido.

Terra de gente hospitaleira e que trabalha muito, Carmo do Paranaíba tem grandes histórias para contar.

Os primitivos habitantes dessa terra foram os índios araxás e, posteriormente, os bandeirantes, que por lá passaram rumo aos garimpos de Abaeté e Paracatu.

Segundo a tradição Francisco Antônio de Morais e Elias de Deus Vieira ali se estabeleceram, agruparam-se economicamente e fundaram o arraial. Com o tempo, ramificaram-se as famílias, aumentando a população, tendo o núcleo primitivo expandido­se consideravelmente.

A ocupação se deu graças aos influxos da afamada picada de Goiás, no desbravamento das matas à procura do ouro e, muitas vezes, do índio, para escravizá-lo. Entretanto, a fertilidade das terras o principal motivo da ocupação e desenvolvimento do atual município.


Formação Administrativa

Vila criada com sede na freguesia de S. Francisco das Chagas do Campo Grande e esse nome por Lei Provincial nº 347, de 20 de setembro de 1848. Desmembrada do Município de Araxá. Suprimida por Leis Provinciais nºs 472, de 31 de maio de 1850 e 1639, de 13 de setembro de 1870. Restaurada por Leis Provinciais nºs 999, de 30 de junho de 1859 e 2032, de 1 de dezembro de 1873. Transferida para o Arraial Novo do Carmo, com a denominação de Carmo do Paranaíba (Carmo do Paranahyba), por Lei Provincial nº 2306, de 11 de julho de 1876.

Cidade por Lei Provincial nº 3464, de 4 de outubro de 1887.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Carmo do Paranaíba se compões de 1 Distrito: Carmo do Paranaíba criado por Lei Provincial nº 1713, de 5 de outubro de 1870 e por Lei Estadual nº 2, de 14 de setembro de 1891.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920 e no quadro fixado pela Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, bem como na divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Carmo do Paranaíba permanece com 1 Distrito: Carmo do Paranaíba.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936, 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938, o Município de Carmo do Paranaíba se compõe igualmente de 1 Distrito: Carmo do Paranaíba – e compreende o único termo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o Município de Carmo do Paranaíba adquiriu o Distrito de Quintinos, no Município de Patos. Em 1939-1943, o Muicípio de Carmo do Paranaíba é composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos – e é têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o Município de Carmo do Paranaíba adquiriu para o Distrito de Carmo do Paranaíba partes dos de Arapuá e Lagoa Formosa, respectivamente, dos Municípios de Rio Paranaíba e Patos de Minas (ex-Patos); e perdeu por sua vez, partes do território do Distrito de Carmo do Paranaíba, anexados aos Distritos de Arapuá e Santana dos Patos, respectivamente, dos Municípios de Rio Paranaíba e Patos de Minas. No quadro fixado pelo referido Decreto-Lei Estadual nº 1058, para vigorar no qüinqüênio 1944-1948, o Município de Carmo do Paranaíba ficou composto dos Distritos de Carmo do Paranaíba e Quintinos – e constitui o único têrmo judiciário da comarca de Carmo do Paranaíba.

Território e Ambiente

Apresenta 89.7% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 61% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 9% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 74 de 853, 455 de 853 e 598 de 853, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 455 de 5570, 3634 de 5570 e 2914 de 5570, respectivamente.

Trabalho e Rendimento

Em 2020, o salário médio mensal era de 2.1 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 17.3%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 95 de 853 e 262 de 853, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 1571 de 5570 e 1800 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 32.9% da população nessas condições, o que o colocava na posição 645 de 853 dentre as cidades do estado e na posição 4054 de 5570 dentre as cidades do Brasil.

Economia

A economia do município está diretamente ligada às atividades agropecuárias, que constituem seu setor mais dinâmico. A agricultura é a principal fonte de renda do município, com a exploração do Cerrado para o plantio de café. O setor terciário ainda é pouco desenvolvido.

Desde a colonização da região até o início da década de 1970, a economia do município foi caracterizada basicamente pela agricultura de subsistência, com um reduzido volume produção excedente sendo comercializado com outras regiões, além de uma pecuária extensiva em regime convencional de manejo, com pouca tecnologia e restrita basicamente a bovinos e suínos, além de eqüinos e muares que eram usados como meio de transporte e no trabalho das áreas rurais. A produção da atividade pecuária impulsionava um comércio um pouco mais relevante e, numa primeira fase, comercializava queijos artesanais e banha de porco que eram transportados por meios precários até os centros maiores. Mais recentemente, além dos queijos, cuja qualidade veio se aprimorando com novas tecnologias e com novas metodologias sanitárias, a região passou a comercializar também um significativo volume de leite in natura, além de ampliar e diversificar o rebanho de corte, incluindo principalmente o frango de granja.

Contudo, foi somente no início dos anos 70 que a economia da cidade obteve maior impulso desenvolvimentista devido, especialmente, a dois fatores: primeiro, a construção da BR-354 que pavimentou a interligação da cidade à capital e, no outro sentido, à região oeste do Estado, com saída para o Triângulo Mineiro e São Paulo. Essa importante via de tráfego permitiu o escoamento da produção e a chegada de bens de capital, motivando e viabilizando investimentos na região. O segundo fator foi o aporte tecnológico e empreendedor induzidos como consequência da instalação na região de duas grandes cooperativas agrícolas, a Cotia e a Sul-Brasil. Essas organizações, além do efeito demonstração que motivou tanto produtores locais quanto investidores de fora, evidenciando a qualidade produtiva do cerrado, também disseminaram novas técnicas de produção e de gestão de negócios. A partir do final dos anos 80 e, especialmente na década de 90, a economia local se consolidou com altos níveis de produtividade, tanto na agricultura quanto na pecuária de leite e de corte. A produção agrícola passou a adotar tecnologias de ponta em alta escala e grandes empresas de agronegócio foram constituídas em razão desse avanço, sobretudo no ramo cafeeiro, que fez da região um centro de excelência mundialmente conhecido, tanto pela produtividade quanto pela qualidade excepcional, qualificando a produção de algumas fazendas da região entre os melhores cafés do mundo.

Esporte

Os principais clubes esportivos do município são:

  • Paranaíba Esporte Clube – fundado em 1917, é o maior e mais tradicional. Possui estádio próprio, chamado do Estádio Prefeito João Luís de Carvalho: La BomboPEC profissional nos anos de 1962, 1963 e 1964. Tem treze títulos regionais no amador pela Liga Patense de Desportos, e um regional pela Federação Mineira de Futebol.
  • Bela Vista Esporte Clube – tem o Estádio Aprígio da Costa Marinho, um título regional amador não oficializado pela Liga Patense de Desportos e foi Campeão Regional em 2009.

Com informações do IBGE

Fotos: Eduardo Almeida

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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