Carmo do Paranaíba – No Dia Mundial da Hemofilia, carmense conta como é conviver com a doença

Doença, que atinge cerca de 14 mil brasileiros, tem como um dos principais sintomas sangramentos nas articulações do corpo.

Notícias | Saúde

17 Abril, 2022

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Carmo do Paranaíba – No Dia Mundial da Hemofilia, carmense conta como é conviver com a doença


Neste domingo (17/04), Dia Mundial da Hemofilia, uma campanha da Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia busca conscientizar a sociedade e os hemofílicos sobre a necessidade do tratamento adequado.

Fernando Ferreira é casado e pai de dois filhos.

Ainda sem cura, a doença é genética e hereditária. Afeta a capacidade de coagulação, o que gera sangramentos espontâneos, principalmente nas articulações.

O Brasil é o terceiro país no mundo com maior número de casos de hemofilia. Cerca de 14 mil pacientes convivem com a doença.

É o caso do carmense, Fernando Ferreira da Silva de 39 anos. Ele é casado com Milene Luisa, pai do Fernando Jr., do Samuel e da Ana Beatriz que em breve chegará. Atualmente reside na cidade de Nova Ponte.

Caçula de uma família de 11 irmãos, Fernando foi um dos quatro filhos que nasceram com essa doença pouco conhecida. “Nasci com uma mancha roxa “hematoma” nas costas e na hora os médicos já suspeitaram que seria Hemofilia”, disse.

Com o diagnóstico da doença, Fernando teve uma infância não muito boa de acordo com ele. “Como na Hemofilia os sangramentos são mais frequentes nas articulações, então tive vários e devido não ter os medicamentos e o acesso aos tratamentos que temos hoje, as sequelas foram inevitáveis”, disse.

Artrose nos dois tornozelos, joelho direito e alguns membros com limitações como atrofia no dedo da mão e braço direito são algumas marcas deixadas pela doença.

Na adolescência o carmense tentou levar uma vida “normal”: andava de bicicleta, jogava futebol como qualquer outra pessoa. “Mas nessa época tinha que ser escondido, pois minha mãe não deixava por medo de eu me machucar. E sempre que machucava, tinha bronca da mãe, depois dos irmãos e, por fim, dos médicos que não gostavam nada daqueles hábitos”, informou.

Atualmente o carmense consegue viver a vida normalmente. “Tenho minha dose domiciliar de Fator VIII, para repor sempre que tenho algum sangramento. Faço acompanhamento no Hemocentro de Uberlândia onde há uma equipe maravilhosa com hematologista, fisioterapeuta, dentista e psicóloga”, contou.


Ele ainda contou que, na expectativa de poder fazer profilaxia para ter dias melhores e mais perto do normal, ele prática ciclismo com treinos regulares. “Fortaleço os músculos das articulações fazendo com que tenha menos sangramentos. Por sinal, o ciclismo me trouxe uma melhor qualidade de vida, pois fez bem para meu corpo e minha mente”, contou.

Fernando informou ainda que gostaria de compartilhar experiências e informações para os pais que acabaram de ter o diagnóstico de seus filhos e para os hemofílicos que “atualmente, temos tratamento de qualidade para melhoria de nossas vidas. Caso queiram saber mais, tenho minha página no Instagram, @fernandobikenv onde compartilho minha experiência. Quem quiser, será um prazer falar sobre hemofilia com você”, finalizou.

Por Fernando Alvim

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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