Carmo do Paranaíba sedia 5ª Jornada Mineira do Patrimônio Cultural com a temática Congado e Moçambique: o desafio de sobreviver à modernidade
A “5ª Jornada Mineira do Patrimônio Cultural” foi realizada pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Lazer e Esporte (SEMEC), através de sua Divisão de Cultura e Turismo, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA). Desenvolvido em duas etapas (dia 17, na SEMEC, com representantes do Congadeiros; no dia 18, na Câmara Municipal, com um público maior). Sua temática foi: “Congado e Moçambique: o desafio de sobreviver à modernidade”, que aponta as dificuldades e as apresenta às Políticas de Proteção ao Patrimônio na atualidade. Um dos maiores desafios é a necessidade urgente de se propor medidas de proteção a essa identidade cultural, que vem sendo, a cada momento, ameaçada pela modernidade e pelo descaso. Assim, tanto os órgãos governamentais relacionados quanto empresas privadas precisam analisar com carinho essa questão e participarem efetivamente do caso, senão isso poderá se agravar, sem volta, se nenhuma ação vier a ser implementada.
Originários da África, o Congado e o Moçambique são manifestações com forte apelo religioso e constituem parte da cultura do povo brasileiro. Um resultado de fusão de etnias. O Congado designa o conjunto de todos os ternos: “Congado”, “Moçambique”, “Congo”, “Catopés”, “Marujos”, “Cabloquinhos” e inúmeras outras denominações, que, através do bailado típico, do som dos tambores e dos cânticos representam suas manifestações próprias e peculiares.
A “Jornada” objetivava conhecer e reconhecer a diversidade das experiências sociais vivenciadas pelos grupos que compõem as muitas regiões culturais de Minas Gerais e refletir sobre o papel que a Cultura, a Memória e a Identidade possuem na definição das fronteiras materiais e imateriais, na percepção de novas especialidades e no redimensionamento dos territórios constitutivos das cidades, regiões e do próprio Estado quanto à sua história. Maria do Carmo de Jesus, Capitã e Coordenadora do Grupo Folclórico “Congado Beija-Flor Rosário de Luz” relata que os maiores desafios dos congados atualmente são: a falta de união dos grupos, o desinteresse dos mais jovens e a falta de apoio da sociedade e de entidades classicistas.
O segundo dia da “5ª Jornada Mineira do Patrimônio Cultural” foi marcada pelo grande número de pessoas, entre as quais Desireé Resende, Secretária Municipal de Educação, Cultura, Lazer e Esporte; Ana Lucia Queiroz, Chefe da Divisão de Cultura da SEMEC; Paulo Soares Moreira, Presidente da Câmara Municipal e os Vereadores, Maira Bethania e Jader Quintino, além do Historiador, Professor e Filósofo Marcos Rassi, de Patos de Minas; do diretor da Memória e do Patrimônio Cultural de Patos de Minas, Vanne Pimentel, dos secretários de Cultura, Alemmar Silva (Rio Paranaíba) e Júnio Vinhal, (Lagoa Formosa), este, acompanhado pelo ex-secretário Lânio Braga.
Um importante debate, com discussões de uma busca de amparo aos grupos folclóricos, de grande participação na história de muitas regiões do país e de sua forte religiosidade (para eles uma filosofia de vida, entre as coisas mais importantes de suas vidas). Na abertura do evento houve uma apresentação de congadeiros da cidade.
Fonte: Ascom Prefeitura Municipal Carmo do Paranaíba
Fonte: Vanderlei Gontijo