Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) não será fechado, em Patos de Minas
Desde a sua inauguração, em outubro de 2019, a unidade já recebeu mais de 6 mil animais
Nesta quarta-feira (27/12) foi anunciado pela deputada
estadual Lud Falcão, que o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais
Silvestres em Patos de Minas (Cetras) não será fechado.
Foi divulgado em novembro o fechamento em razão do
fim do convênio entre o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o Centro
Universitário de Patos de Minas (Unipam) e a Fundação Educacional de Patos de
Minas (Fepam).
Segundo a deputada, desde então, ela buscou meios
de garantir a manutenção das atividades do Cetras, o que foi conseguido nesta
última semana de 2023.
“Conversei com o IEF, a Fepam e o Unipam. Todos estavam genuinamente
interessados em impedir que o Cetras interrompesse suas atividades. Conseguimos
um termo de aditamento do contrato e o problema não existe mais. O Cetras
recebe animais da fauna silvestre apreendidos com traficantes, resgatados ou
encaminhados voluntariamente pela população e esta é uma tarefa para a
preservação da biodiversidade da nossa fauna. São aves, mamíferos e répteis que
são reabilitados e, posteriormente, reintroduzidos na natureza”, destacou Lud
Falcão.
A deputada lembrou que o Cetras Patos de Minas é
considerado referência no Estado e que, desde a sua inauguração, em outubro de
2019, a unidade já recebeu mais de 6.000 animais.
“É uma estrutura equipada com o que há de melhor para a importante
tarefa de preservação da nossa fauna, e garantir a continuidade desse trabalho
era fundamental para Patos de Minas”, observou Ludimila Falcão.
O centro conta com veterinário, biólogo,
tratadores, vigilantes e profissional de limpeza e está preparado para
emergências cirúrgicas. Dispõe de um bloco cirúrgico com sala de preparo, sala
de cirurgia e sala de recuperação pós-anestésica.
Quando um animal é recebido pela equipe do Cetras,
ele passa por uma avaliação clínica e comportamental, para definir quais os
próximos passos do trabalho de reabilitação. As aves recebem anilhas numeradas
nas pernas. Já os mamíferos e répteis têm um microchip de identificação
implantado no tecido subcutâneo.
Este trabalho permite o acompanhamento do animal
mesmo depois de sua reintrodução na natureza. O Cetras foi construído e é
mantido com o repasse de recursos de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado
pelo Ministério Público de Minas Gerais com as mineradoras que operam em Minas.
Está localizado em um terreno de 9 mil metros quadrados e tem área construída
de 1,1 mil metros quadrados.
Por Dênia Mota/Foto: IEF (arquivo)