Cirurgia desnecessária teria comprometido a vida de animal denuncia médica veterinária de Patos de Minas
Uma pônei de dois anos passou por uma cirurgia mal feita. Segundo a médica veterinária, o diagnóstico foi errôneo, já que seria necessário apenas um tratamento clínico.
A médica
veterinária Marcelas Borges Nunes procurou o jornalismo do Patos Notícias nesta
terça-feira (14/12) para denunciar um caso de exercício ilegal da profissão.
Segundo ela, um estudante de veterinária estaria realizando procedimentos
cirúrgicos em animais sem habilitação ou acompanhamento de um profissional devidamente
certificado.
Marcela mostrou o
caso da potra “Charlote”, que sofreu uma lesão na perna traseira esquerda e
teria passado por um procedimento cirúrgico com este “falso” profissional.
Segundo ela, não seria necessário um procedimento cirúrgico para tratar o
animal. O caso seria reversível apenas com medicamentos e fisioterapia.
Ainda de
acordo com Marcela, a potra de aproximadamente dois anos chegou até ela através
de um cliente. O proprietário teria decidido pela eutanásia, devido ao
sofrimento após o procedimento cirúrgico. Ao ter acesso ao histórico, Marcela
optou por resgatar o animal para reabilitá-lo.
Segundo a médica
veterinária, a potra seccionou um ligamento e a cirurgia, mal executada,
entortou a perna e a deixou instável.
Marcela ressaltou
que o procedimento foi feito por um profissional não habilitado e que estaria
exercendo de forma ilegal a profissão. Ainda de acordo com a médica, este
suposto profissional seria um estudante de medicina veterinária.
A médica contou
que já tinha notícias deste tipo de situação. Ela conta que há algum
tempo recebeu informações que causaram um pouco de espanto, já que animais
teriam sofrido comprometimento por conta do procedimento ou até sofrido
eutanásia. A potra foi o primeiro animal que chegou até ela.
Marcela orienta
para que as pessoas procurem clínicas e profissionais que tenham capacitação
para tal procedimento. Em caso de dúvida, procurem o registro do profissional
no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). “O exercício ilegal da
profissão é uma realidade em várias profissões”, ressaltou.
Matéria, fotos
e vídeo Igor Nunes/Patos Notícias