Com queda no número de contaminados pelo coronavírus Programa Minas Consciente chega ao fim no próximo sábado (12)
Com avanço da vacinação e melhora nos indicadores, Governo muda estratégia de combate à pandemia no estado.
O plano Minas Consciente, elaborado para o
acompanhamento da pandemia da covid-19 e a criação de protocolos para a
retomada gradual e segura das atividades econômicas, será finalizado no próximo
sábado (12/3). A decisão se deu a partir do avanço da vacinação e a queda no
número de casos e taxa de óbitos pela covid-19 no estado. Somente na última
semana, a incidência caiu 50%. Considerando os últimos 14 dias, a queda chega a
60%. Há seis meses, Minas Gerais está com todas as macrorregiões na onda verde
do plano.
“Estamos encerrando um ciclo após dois anos de
pandemia. Podemos dizer que o plano cumpriu a sua função. Temos a menor
mortalidade dos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Lamentamos
muito as mais de 60 mil vidas perdidas, mas esse número poderia ter sido maior,
não fosse a condução adequada feita por todos nós. Temos consciência de que
fizemos tudo aquilo que estava ao nosso alcance. Agradeço o empenho e dedicação
de todos neste período e tenho a certeza que conseguimos salvar muitas vidas ao
longo da pandemia”, afirmou o governador Romeu Zema, durante a última reunião
do Comitê Extraordinário Covid-19, realizada nesta quinta-feira (10/3).
Além do governador e de secretários de Estado,
também participaram do Comitê representantes do Ministério Público do Trabalho,
do Ministério Público de Minas Gerais, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais,
da Defensoria Pública de Minas Gerais, do Tribunal de Contas do Estado, entre
outros órgãos estratégicos.
Monitoramento
A partir de agora, as deliberações serão realizadas
pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por meio do Comitê de
Monitoramento de Eventos (CME). Ele será responsável por manter a regularidade
das discussões técnicas e das tomadas de decisão frente às emergências em saúde
pública, congregando informações atualizadas, apoiando os municípios e delegando
atribuições aos gestores e às unidades técnicas.
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio
Baccheretti, explicou como será feito o monitoramento da pandemia no estado.
“Hoje é um dia muito importante em Minas. A partir
de sábado (12/3), o Minas Consciente passa a não existir mais, ou seja, as
ondas não existirão mais no estado. Isso só aconteceu graças à melhoria dos
nossos dados e com a queda acentuada da incidência de casos. Além disso, a
vacinação está em um bom ritmo com mais de 80% de pessoas com as duas doses,
mais de 45% com a vacina de reforço e um número acima de um milhão de crianças
vacinadas. A partir de agora, o acompanhamento passa a ser feito pela
Secretaria estadual de Saúde, que vai avaliar dados como incidência de casos,
pacientes aguardando leitos e o número de pessoas internadas nos CTIs do
Estado, que passa a ter 26% a mais de leitos como um legado”, explicou o
secretário, durante coletiva de imprensa.
Baccheretti ainda falou sobre a importância do
plano para garantir a efetividade das ações realizadas pelo governo durante a
pandemia. “O Minas Consciente foi inovador no país, o primeiro plano a
estabelecer regras entre dados de incidência, internação e ondas, dando
transparência às decisões do Estado. Foram cerca de dois anos de discussões que
viabilizaram e ajudaram a tomar decisões fundamentais para alcançarmos uma taxa
de mortalidade 20% menor que a do Brasil”, finalizou o secretário.
Legado e cirurgias eletivas
O sistema público de saúde de Minas Gerais ganhou o
reforço de 550 novos leitos de UTI adulto e 40 pediátricos. Eles foram criados
durante a pandemia e, agora, foram incorporados aos hospitais. Com isso, o
estado passou de 2.072 unidades de terapia intensiva para 2.622 em fevereiro
deste ano, representando crescimento de 26%. Já os pediátricos saltaram de 194
para 234, no mesmo período. O aumento do número de leitos, aliado aos
investimentos para compra e distribuição de equipamentos em várias unidades de
saúde, é o maior legado deixado pela pandemia aos mineiros.
Outro importante investimento está relacionado às
cirurgias eletivas. O Opera Mais, Minas Gerais foi lançado em dezembro do ano
passado e vai destinar R$ 206,4 milhões em recursos estaduais para 261
municípios que possuem hospitais que realizam cirurgias eletivas em todo o
estado. O objetivo da ação do programa é diminuir a demanda represada por causa
da pandemia da covid-19 e reduzir o tempo de espera para a realização dos
procedimentos cirúrgicos.
Fonte: Agência Minas