Começa segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa em Minas
Devem ser imunizados bovinos e bubalinos de zero a 24 meses
A 2ª etapa anual de
vacinação contra a febre aftosa em todo o território mineiro foi iniciada nesta
segunda-feira (1/11). Deverão ser imunizados bovinos e bubalinos com idade de
zero a 24 meses.
O Instituto Mineiro de Agropecuária
(IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa),
fiscaliza a campanha junto aos produtores rurais e estabelecimentos
revendedores de vacina. Nesta etapa, a expectativa é que sejam imunizados cerca
de 10 milhões de animais em todo o estado, com o objetivo de preservar a
sanidade dos rebanhos e manter o compromisso com o agronegócio de Minas.
A campanha vai até 30/11. O produtor pode comprovar a vacinação dos
animais usando o formato eletrônico de declaração que estará disponível em
neste link ou,
caso tenha cadastro, acessando o Portal de Serviços do Produtor.
Uma outra opção será o envio da declaração para o e-mail da unidade do IMA
responsável pela jurisdição do município. O e-mail de cada unidade consta
deste link.
As declarações também podem ser realizadas pelo produtor de forma presencial
nos postos de atendimento e conveniados ou presencialmente nos escritórios do
IMA, observando as medidas de segurança para covid-19. As unidades do instituto
estão à disposição para quaisquer esclarecimentos.
O prazo para comprovar a vacinação termina em 10/12. Para facilitar a
localização da propriedade, o IMA recomenda o envio do Cadastramento Ambiental
Rural (CAR) no momento da declaração.
Nesta etapa deverá ser realizada a atualização cadastral das outras espécies de
animais descritas no formulário de declaração (DCL) que estará disponível no
site do IMA. A declaração realizada de forma virtual ainda não possui estes
campos para descrever as outras espécies. Assim, caso o produtor opte em
realizar a declaração de forma virtual, será necessário encaminhar para o
e-mail da unidade a declaração de outras espécies em formulário específico
disponível no site do IMA.
Parceria
O diretor-geral do IMA, Thales Fernandes, destaca a parceria dos produtores e
das entidades representativas do setor para que bovinos e bubalinos de zero a
24 meses sejam vacinados e, com isso, o estado continue livre da doença.
“Contamos, mais uma vez, com o apoio e a dedicação dos elos da cadeia produtiva
para que o nosso Estado alcance o índice de vacinação esperado. Peço o apoio
dos produtores rurais mineiros, pois a vacinação é essencial para manter o
rebanho de Minas sadio e livre de focos da doença. É muito importante
cumprirmos o calendário oficial da vacinação”, reforça, informando que em
2022 está confirmada a campanha em todo o Estado.
A primeira etapa da campanha realizada deste ano foi um sucesso, com 97,6% de
bovinos e bubalinos vacinados contra a febre aftosa. Cerca de 355 mil produtores
rurais imunizaram aproximadamente 24 milhões de animais nos rebanhos mineiros.
Estabelecimentos autorizados
Thales Fernandes reforça a importância do trabalho das revendas no sentido de
garantir o armazenamento adequado das vacinas, devendo comunicar imediatamente
ao IMA qualquer intercorrência que possa comprometer a qualidade dos
imunizantes. “O lançamento de vendas no
sistema Sidagro deve ser feito com a maior agilidade possível, no mínimo uma
vez ao dia, observando o estoque, o número de doses e as partidas
comercializadas”, explica.
A responsabilidade da comercialização das vacinas é dos estabelecimentos
autorizados da iniciativa privada. Esses estabelecimentos, que comercializam
produtos de uso veterinário, devem ser registrados no IMA e estão sujeitos à
fiscalização e às penalidades previstas.
Os estabelecimentos que comercializam produtos biológicos, em especial vacinas,
devem, obrigatoriamente, utilizar câmara fria ou refrigerador industrial no
acondicionamento desses produtos. Mais informações podem ser consultadas aqui.
Saúde do rebanho
O fiscal do IMA Natanael Lamas lembra que a vacinação mantém a saúde do rebanho
e o reconhecimento internacional de zona livre com vacinação, obtido pelo
Estado junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Este status favorece o agronegócio e o acesso a mercados
internacionais, contribuindo de forma significativa para o Produto Interno
Bruto (PIB) mineiro”, destaca, lembrando dos procedimentos corretos de
vacinação que garantem eficácia na imunização dos animais. “A vacina de 2 ml
deve ser adquirida em estabelecimento credenciado para a revenda da vacina e
deve ser conservada em temperatura entre 2 e 8 graus centígrados, do momento da
compra até a vacinação dos animais. Recomenda-se também programar a aplicação
para os horários mais frescos do dia”, sinaliza.
A febre aftosa é causada por um vírus, altamente contagioso e que pode trazer
grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio
internacional. “A doença é transmitida
pela saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes dos animais doentes, e também
pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. Uma vez doente, o animal pode
apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas”,
alerta.
Trânsito de animais
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da
Instrução Normativa nº 48/2020, permite ao produtor rural a emissão da Guia de
Trânsito Animal (GTA) imediatamente após vacinar e declarar a imunização de
bovinos e bubalinos de seu rebanho.
O gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Guilherme Costa Negro Dias,
esclarece as diretrizes gerais para a vigilância da febre aftosa sob a
execução do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). “É
importante ressaltar que não existe mais prazo de carência para a movimentação
de animais após a vacinação contra febre aftosa. O que determina a condição
sanitária do estabelecimento rural é a adimplência nas etapas de vacinação e
atualização de cadastro de rebanhos”.
Além disso, durante a etapa de vacinação e até noventa dias após seu término,
os animais destinados diretamente ao abate ficam dispensados da obrigatoriedade
da vacinação contra febre aftosa.
Evite multas
O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25 Unidades
Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a R$ 98,6
por cabeça. A declaração de vacinação também é obrigatória e o produtor que não
o fizer até 10/12 poderá receber multa de 5 Ufemgs, o equivalente a R$ 19,72
por cabeça.
Notificações de suspeitas de doenças
As notificações são acompanhadas pela Coordenação de Informação e Epidemiologia
do IMA, que trabalha em conjunto com os programas sanitários orientando os
fiscais do campo.
Cidadãos, produtores rurais e médicos veterinários de Minas podem notificar, de
forma on-line, casos suspeitos de doenças e alta mortalidade em bovinos,
bubalinos, equinos, caprinos, ovinos, suínos e aves no Sistema Brasileiro de
Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet), uma plataforma digital do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que engloba os
órgãos de defesa agropecuária do país agilizando os atendimentos e reduzindo os
custos com perdas e tratamentos de animais para os pecuaristas. Já na ponta da
cadeia produtiva, favorece a qualidade dos produtos aos consumidores
estimulando acordos comerciais para o Estado.
Consulte a plataforma aqui.
Outra forma de informar suspeitas de doenças é pelo whatsapp do Notifica IMA:
(31) 8598.9611.
Plano Estratégico
O Plano Estratégico do PNEFA tem como objetivo principal criar e manter
condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa,
ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio
pecuário nacional. Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres,
da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa
Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços
para a erradicação da doença na América do Sul.
Minas compõe o Bloco IV junto com Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,
Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito
Federal. Esses estados buscam a retirada da vacinação contra a febre aftosa em
seus rebanhos. Minas é zona livre de febre aftosa com vacinação e possui
reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OIE), o que mantém importante
acordos internacionais.
Divulgação
O Governo de Minas,
por meio da Seapa e sua vinculada IMA, realizará ações pontuais e estratégicas
para divulgar a campanha em todas as regiões do Estado. Dentre os destaques,
spots publicitários para rádios e vídeos informativos, além de posts nas redes
sociais, cujos conteúdos informarão prazos, esclarecimentos e instruções sobre
a vacinação contra a febre aftosa.
O compromisso dos pecuaristas mineiros na vacinação do rebanho bovino e
bubalino, ao longo dos anos, tem contribuído para a corrida da conquista do
novo status sanitário.