Comerciantes e representantes do setor público de Lagoa Formosa reuniram com promotor de justiça
A reunião aconteceu no salão de eventos do dispensário São Vicente de Paulo
Foi realizado na tarde desta quinta-feira
(16/04) no salão de eventos do dispensário São Vicente de Paulo, na cidade de
Lagoa Formosa, um encontro com proprietários dos comércios e representantes do
poder publico em geral. A reunião aconteceu a partir das 14h00 e teve como
palestrante Rodrigo Domingos Taufick, promotor de justiça da Comarca de Patos
de Minas.
Além dos empresários de vários segmentos, ainda
estavam presentes no encontro o prefeito municipal João Martins de Paula
(Corete), secretários, servidores da área da saúde, o presidente e vice da CDL,
o comando da Polícia Militar da cidade e a maioria dos vereadores. Por aproximadamente
duas horas os participantes do evento ouviram e perguntaram ao promotor
assuntos pertinentes a pandemia do coronavírus, o qual é transmissor da
COVID-19.
Após a secretária de saúde Daiany Matos
apresentar os números da pandemia em Lagoa Formosa, sendo que o município ainda
não registrou caso da doença, ela passou a palavra ao promotor Rodrigo, que falou
aos presentes na reunião sobre a aparente situação de estabilidade. Mas ele
afirmou que ninguém tem condições de dizer como a COVID -19 poderá se desenvolver
no país, assim como na região do Alto Paranaíba, sendo que as estatísticas
mudam de minuto a minuto.
Ele falou que se o vírus agir no país como
chegou ao Norte da Itália será de muita dor. Por isso, é preciso que os princípios
e as regras estabelecidas no município sejam cumpridas, mesmo diante de todas
as dificuldade e diferenças de pensamentos. O promotor lembrou que a propagação
está intensa no mundo e ninguém sabe explicar sobre tal situação. “Não tem como
explicar o que está ocorrendo no mundo. Não é possível relatar a realidade que
o país está passando em decorrência do novo coronavírus”, ressaltou o Rodrigo.
O promotor de justiça aproveitou para dizer que
no Brasil a pandemia ainda não estourou como em outros países. Contudo, se isso
acorrer, atualmente a macro região, a qual pertence Lagoa Formosa e é composta
por 36 cidades e por 750 mil habitantes só possuem 57 leitos para tratamento da
COVID-19. Por isso, se mais que esse número de pessoas adoecerem com a doença
nestas cidades não receberá tratamento adequado. Para ele como a média de
internação é de 14 dias, isso mostra que, somente depois desse espaço de tempo abrirá novas
vagas para internação caso os leitos estejam todos ocupados.
Por último, Dr. Rodrigo Domingos Taufick
ponderou que é preciso olhar também a situação de quem precisa defender o pão. ”Tem
que proteger a saúde, mas também as pessoas precisam trabalhar para levar
comida à mesa para a família”, disse. Ele deixou várias recomendações e ouviu
algumas das pessoas que estavam participando da reunião. Mas no fim o promotor
falou que os moradores e os comerciantes, juntamente com o poder público, é que
necessita juntos, encontrar a melhor maneira de enfrentar essa terrível
situação, pensando sempre em se protegeram do contágio do coronavírus, mas
também em manter a economia da cidade em movimento.