Contaminação de nascente próxima a área onde avião caiu no município de Lagoa Formosa é descartada
O advogado Willian Custódio, representante da Empresa Potência, proprietária da aeronave mono motor PT GON, da cidade de Paracatu, recebeu a reportagem do Patos 1 Notícias para esclarecer sobre os procedimentos adotados pela empresa após a queda do avião que vitimou o Piloto Paulo Henrique Blunk Saade, 26 anos, natural da cidade do Rio de Janeiro. O acidente aconteceu quando o piloto se preparava para pulverizar uma plantação de milho na região do Distrito de Monjolinho, no município de Lagoa Formosa. A aeronave caiu no dia 03 de Janeiro de 2014 por volta das 17h00. O piloto morreu no local do acidente e o corpo da vítima permaneceu dentro da aeronave até chegada dos peritos da Polícia Civil e do IML. A polícia Militar foi quem registrou a ocorrência e repassou para o Corpo de Bombeiros assim que os mesmos chegaram ao local da queda.
De acordo com informações do advogado Willian Custódio, todos os procedimentos cabíveis no caso estão sendo tomados pela Empresa Potência. Ele conta que a mesma prestou todo apoio à família do piloto, inclusive, fretou um avião particular para transladar o corpo da vítima para a cidade do Rio de Janeiro. O laudo com as possíveis causas da queda do avião ainda não foram divulgadas. O prazo para a conclusão do mesmo deve sair em aproximadamente 120 dias. Os serviços ficam a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CEMPA).
Outra questão levantada depois da queda da aeronave que transportava produtos tóxicos, usados em pulverização de plantações agrícolas, foi uma possível contaminação da nascente de água que existe próxima ao local. A fonte desagua no córrego do “sapezinho” onde é captada a água que abastece a cidade de Lagoa Formosa. A suspeita sobre contaminação da água foi descartada, porque as substâncias jogadas no solo no momento da colisão da aeronave evaporaram sendo que não houve chuvas no lugar durante aproximadamente uma semana. A empresa proprietária da aeronave ainda contratou serviços de terraplanagem e transporte e utilizando “bag´s” retirou aproximadamente 20 toneladas do solo possivelmente contaminado.
Segundo o advogado a terra foi transportada até a cidade de Betim, na grande BH, até a sede da empresa “Essencis Soluções Ambiental” para ser descartada em local próprio para o tipo de caso. Todos os procedimentos foram acompanhados por uma equipe técnica do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) que fiscalizaram todos os trabalhos até a entrega do material na empresa. Willian disse também que houve muita dificuldade na retirada da terra do local, devido ao terreno onde o avião caiu ser muito ingrime o que dificultou a ação das máquinas e caminhões. Ele disse que a empresa não mediu esforços para cumprir com a obrigação sócio-ambiental. Todo trabalho foi acompanhado por engenheiro agrônomo que formalizará um laudo das ações realizadas no solo. A empresa ainda plantou sementes de “braquiária decumbens” na área onde a terra foi retirada.
Fonte: Vanderlei Gontijo