Córregos do município de Lagoa Formosa sofrem com a falta de chuvas e preocupam autoridades

Regionais | Economia

25 Setembro, 2017

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Córregos do município de Lagoa Formosa sofrem com a falta de chuvas e preocupam autoridades


Enquanto cidades do Alto Paranaíba estão sendo castigadas com a falta de água potável, fornecida pelas empresas de saneamento, o município de Lagoa Formosa ainda não sofreu os efeitos da seca que atinge a região, mas a situação não é tão favorável como parece. Os córregos que abastecem a cidade estão com os níveis cada vez mais baixos, sendo que em alguns locais a corrente das águas já não está sendo mais notada. Com isso, os administradores do município fazem um alerta para que a população evitem desperdícios de água, para evitar um possível racionamento no futuro.

Para se ter uma noção da situação, o Córrego da Babilônia que antes era um dos maiores do município, atualmente em alguns trechos, ele não consegue sequer seguir seu curso normalmente devido ao matagal e a sujeira que acumula em seu leito. A reportagem do Portal de Notícias Patos 1, percorreu recentemente um trecho do riacho na região de Sapé e registrou o pedido de “socorro” do córrego, que como milhares de outros espalhados pelo país corre o risco de desaparecer.

Se não bastasse o desmatamento desordenado e os inúmeros pivôs que sugam as águas dos rios e córregos, já faz aproximadamente 120 dias que as chuvas não caem na região, gerando uma preocupação ainda maior, sendo que a estiagem pode provocar também o racionamento de água tratada. Lagoa Formosa é uma das poucas cidades da região do Alto Paranaíba e Noroeste Mineiro, que ainda não sofreu o efeito da seca, uma vez que municípios como Lagamar, Vazante, Presidente Olegário, Paracatu, entre várias outros, passam por apuros para fornecer água de boa qualidade e tratada aos moradores.

Mas essa tranquilidade que Lagoa Formosa vive atualmente em se tratando de fornecimento de água chegou a ser um pesadelo há poucos anos atrás, quando a população passou pela pior crise hídrica, o que provocou uma corrida na busca por uma solução. A cidade viveu vários meses de racionamento e o serviço de abastecimento de água sofreu para manter o fornecimento no município. A pior crise aconteceu no ano de 2014, quando o SAAE precisou intensificar o racionamento em virtude dos córregos do Sapé e Lavrado, que são usados no abastecer a cidade terem baixado drasticamente o nível das águas e todos os bairros da cidade passaram a sofrer as consequências.

Diante da necessidade de encontrar uma solução, foi então que o prefeito municipal daquela época decidiu juntamente com a direção da empresa responsável pelo fornecimento de água para o município, que seria necessário a construção de uma represa que pudesse funcionar como reservatório, no caso da falta de chuvas, como está acontecendo no ano de 2017. Naquele mesmo ano teve início a construção daquela que se tornaria a mais importante obra já realizada na cidade, a represa “Norida Vieira”, que foi entregue a população lagoense em dezembro de 2015.

Inclusive se não fosse a “barragem” Lagoa Formosa estaria novamente sofrendo com a falta d’água, sendo que a represa é a responsável pelo o atual abastecimento na cidade. Ela tem capacidade de manter lagoa formosa por um período de até 06 meses, caso acontece uma longa estiagem. A represa possui 03 (três) quilômetros de extensão, numa área de aproximadamente 25 hectares. Possui capacidade para acumular 01 (um) milhão e 53 mil metros cúbicos de água. A outorga de água no local passou de 30 mil litros para 80 mil litros de capitação de água por hora. A obra foi construída na região dos córregos Lavrado/Sapé, onde já existe a bacia do Sapé, que é a responsável pelo abastecimento de água na cidade.

O Projeto para construção da barragem “Norida” contou a aprovação da Câmara Municipal, onde todos os vereadores entenderam que o município necessitava urgentemente de uma solução para a escassez de água. Em seguida, a obra que contou apenas com recursos próprios do município, foi executada pela prefeitura municipal com apoio logístico do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE). A administração municipal ressalta que é necessário evitar o desperdício, para que a cidade não sofra as consequências do racionamento.
 

Fonte: Vanderlei Gontijo

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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