Cuidados para que o chuveiro elétrico não se torne o vilão da conta de luz
O chuveiro elétrico pode
ser um dos grandes vilões da economia doméstica no inverno, considerando que
sua utilização pesa bastante na conta de energia. Quando a temperatura ambiente
cai, é comum o aumento do gasto com eletricidade nas residências, devido aos
banhos mais longos e à regulagem do chuveiro. Segundo o engenheiro de
eficiência energética da Cemig,
Fernando Queiroz, uma hora de banho no modo “inverno” do equipamento pode
equivaler a dois televisores ligados durante 24 horas.
Porém, algumas atitudes podem ajudar na
redução do gasto com eletricidade, mesmo nessa época do ano. Em primeiro lugar,
é aconselhável ficar de olho no tempo de uso do chuveiro para reduzi-lo ao
máximo, sem prejuízo para a higiene e para o conforto. Além disso, fechar a
torneira quando for ensaboar o corpo e lavar os cabelos interrompe o
funcionamento do equipamento e o consumo de eletricidade.
Nas cidades de Minas Gerais com clima mais
ameno, usar a chave de temperatura na posição “morna” ou “verão” também ajuda a
economizar. “No modo “verão’, o consumo
de energia cai em 30%, o que, em uma residência, pode significar redução de até
10% ao final do mês”, explica o engenheiro da Cemig.
Outra dica é aproveitar para tomar banhos
nos horários mais quentes do dia e manter portas e janelas do banheiro fechadas
para melhorar o conforto térmico.
Modelos no mercado
Atualmente, as lojas de materiais elétricos
e de construção oferecem uma grande variedade de chuveiros, mas, na hora de
escolher um novo equipamento, o consumidor deve ficar de olho na potência, que
é o principal fator de consumo de energia, independentemente das condições de
uso. Quanto maior a potência, maior o consumo. Chuveiros com potência de 5.500
watts gastam 20% a mais do que com potência de 4.500 watts, se utilizados na
temperatura mais alta.
Geralmente, os modelos mais econômicos têm
menor potência e aquecem menos, mas, ainda assim, é possível aumentar a
temperatura da água, se abrir pouco a torneira. Esse ajuste não consome mais
energia porque o funcionamento do chuveiro não muda, mas a menor quantidade de
água é aquecida mais rapidamente. Alguns chuveiros vêm, atualmente, com um
dispositivo de ajuste eletrônico, que permite uma temperatura mais próxima da
desejada, evitando assim a utilização da potência máxima nos dias mais
frios.
“Esse
recurso pode ser interessante para economia de energia uma vez que, com ajustes
de temperaturas intermediárias, é possível evitar que o consumidor permaneça
com a chave seletora na posição inverno”, explica Queiroz. Mesmo assim, conforme o engenheiro, a melhor dica
continua sendo reduzir o tempo no banho.
Segurança
Trocar a resistência queimada do chuveiro é
uma tarefa relativamente simples, mas, como qualquer execução de serviços na
instalação elétrica, pode provocar choques se os devidos cuidados não forem
tomados. Por isso, o mais prudente é que um profissional realize o serviço.
Para fazer a substituição, a Cemig recomenda as seguintes medidas de segurança:
• Para qualquer intervenção
nas instalações elétricas da residência, o disjuntor correspondente ao circuito
elétrico deve ser desligado;
• Sempre adquira uma
resistência nas mesmas características da original queimada; a alteração pode
comprometer a qualidade do produto e as instalações elétricas, que já estavam
projetadas para a resistência utilizada anteriormente;
• Após substituir a resistência e antes
de ligar o disjuntor, abra a torneira e deixe-a aberta alguns segundos, o
suficiente para que possa encher o chuveiro completamente de água, pois este
procedimento evita a queima da resistência instalada;
• Utilize sempre conectores
apropriados;
• Verifique se a potência do chuveiro retirado é compatível com a potência do chuveiro a ser instalado, em substituições. Caso o chuveiro novo tenha uma potência elétrica mais elevada, a instalação elétrica da residência deve passar por inspeção de um profissional qualificado.
Fonte: Agência Minas