Delegado de Polícia de Lagoa Formosa explica os motivos que levaram autor de homicídio na cidade responder ao processo em liberdade

Um homicídio que chocou a população da cidade de Lagoa Formosa, tem dividido a opinião pública pelo fato do autor do assassinato do próprio irmão ter sido liberado pela Polícia Civil. Ele irá responder ao processo criminal em liberdade. O crime aconteceu na madrugada de Segunda-Feira (27/04, na Rua Franklin, no centro da cidade, após a vítima chegar à residência e tentar conseguir dinheiro para comprar crack com o pai. O mesmo recusou e o rapaz começou a agredi-lo. A mãe do agressor ligou para seu outro filho pedindo socorro. Assim que chegou ao local ele também passou a ser agredido pela vítima. O irmão revidou e desferiu vários golpes com um canivete no rapaz. Ele foi socorrido por uma ambulância da prefeitura municipal até o hospital regional em Patos de Minas. Pouco tempo após dar entrada no HRAD, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.

A reportagem do Portal de Notícias Patos 1 esteve com o delegado de Lagoa Formosa Érico Rodovalho, que é o responsável pelo caso. Em entrevista concedida na Delegacia de Polícia, o delegado diz quais foram os motivos que levaram a polícia a liberar o autor Luiz Carlos Souza Braga, 35 anos, que matou com 12 golpes de canivete seu irmão Marcio Túlio Sousa Braga, 28 anos, que possuía inúmeras passagens pela polícia, inclusive por tentativa de homicídio contra um policial militar. Na conversa ela chega a citar que o principal motivo da morte de Márcio foi a droga. Na entrevista Érico Rodovalho que fiz que foram vários fatores que culminaram com a liberação do autor para responder o processo em liberdade, entre eles, o próprio Luiz foi quem acionou a Polícia Militar e a ambulância para socorrer o irmão, foi ele também que socorreu seu pai que estava sendo enforcado pela vítima e ainda tentou estanquir os sangramentos do irmão.

O delegado disse que o autor Luiz Carlos Machado Braga, relatou que ele e o irmão mantinham um relacionamento amigável. O autor chegou a contar que mesmo com todo histórico de crimes que o irmão possuía os dois sempre conversavam, e que a vítima ouvia seus conselhos, mas não acatava. Luiz disse a Érico que já havia alguns meses que Marcio túlio estava (choque) com comportamento agressivo. Ele chegou a dizer que a vítima mataria o pai se não tivesse interferido nas agressões. Luiz Carlos finalizou dizendo que o “crack” acabou com sua família. No dia do crime o autor foi ouvido pelo delegado de Polícia na cidade de Patos de Minas e em seguida após ser liberado se dirigiu para Lagoa Formosa e participou do sepultamento do irmão. A liberação do suspeito para responder ao processo em liberdade tem dividido a opinião pública na cidade.

Fotos: Reprodução do dia do crime

Fonte: Vanderlei Gontijo