Detento acusado de matar colega de cela em Patos de Minas a mando do PCC é condenado a 11 anos e 3 meses de prisão
Os outros cinco acusados de participar do crime aguardam julgamento
Marcos Vieira Ribeiro dos Santos, acusado de matar o colega de
cela Gilson Martins, no presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas, foi a
julgamento na tarde desta terça-feira (21/03), no salão de Júri do Fórum
Olympio Borges. O crime aconteceu no dia 13 de março de 2022. Outros cinco
acusados de participar do crime aguardam julgamento
De acordo com os autos, um
detento da cela 10, da galera 1, chamou um policial penal e relatou que ao se
levantar da beliche, para ir ao banheiro, no meio da noite, deparou com a
vítima suspensa por um pedaço de tecido, preso a janela, supondo que seria um
suicídio.
Os detentos foram retirados da
cela e o local isolado. Depois durante a apuração dos fatos, ficou constatado
que no dia do crime, por volta das 19h, os detentos estavam reunidos assistindo
TV. Na ocasião, um deles foi até o aparelho e aumentou o volume.
Com isso, os outros detentos se
reuniram e começaram a elaborar a execução da vítima. Já por volta das 21h, um
dos presos amassou um comprimido que era utilizado por eles para insônia e
colocou no suco que foi oferecido para todos da cela.
A vítima e outros cinco
detentos, menos os seis que foram denunciados pelo crime, tomaram a bebida e em
seguida foram dormir. Em seguida, um dos suspeitos tentou deslocar o pescoço da
vítima, mas não conseguiu.
Então outro detendo resolveu
aplicar um mata leão na vítima. Depois, o acusado juntamente com os outros
denunciados, pegaram um pedaço de tecido e confeccionaram um laço que foi
utilizado para tirar a vida da vítima por asfixia.
Para simular, um possível suicídio,
o acusado, juntamente com os outros denunciados eles içaram o corpo da vítima e
amarram na janela do banheiro. O trabalho feito pelo perito de plantão consegui
provas e evidencias de que a vítima foi morta por asfixia, derrubando toda as
versões dadas pelas denunciados de que seria um suicídio.
O crime teria sido praticado
mediante promessa de recompensa, em cumprimento a uma ordem emanada da
organização PCC, em troca de alterações de celas, dentro da unidade prisional.
Durante o julgamento, em
depoimento, o acusado negou participação no crime, falando estava dormindo e
que acordou com o colega morto.
Depois algumas horas de
julgamento, Marcos Vieira Ribeiro dos Santos, foi condenado a 11 anos e 3 meses
de prisão por homicídio qualificado, com pena de participação de menor
importância.
Por Toninho Cury