Diretora do SAAE de Lagoa Formosa explica sobre a coloração amarelada e cheiro diferente da água fornecida na cidade e fala sobre providências
A diretora do Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE) de Lagoa Formosa, recebeu a reportagem do Patos 1 notícias no início da tarde desta Quinta-Feira (12/11), para prestar esclarecimentos à população sobre a coloração “amarelada” que a água potável que abastece a cidade tem apresendo nos últimos dias. Os moradores estão preocupados, não só pelo fato da cor apresentada pelo produto, mas principalmente pelo fato de Lagoa Formosa ter passado recentemente por um período muito conturbado no que diz respeito à agua potável, sendo que em 2014 foi necessário racionamento por vários meses para que a população não ficasse sem abastecimento de água tratada. Mas desta vez o problema não tem nenhuma relação com a falta d’agua, como explica a Diretora Superintendente do SAAE, Júnia Cássia de Sousa Oliveira.
De acordo com Júnia, a água fornecida à população de Lagoa Formosa pelo Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE), é captada no córrego do sapé, em seguida a mesma passa pelas caixas de areia que existem no local da captação e em seguida são bombeadas para a estação de tratamento. No local tem início o processo químico para remoção dos resíduos prejudiciais à saúde, para logo após tornar a água potável. Ela conta que este processo passa algumas etapas, entre elas a pré-cloração, coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, adição de substancia complexante e fluoretação. Após esses procedimentos é que o produto se torna apto a ser liberado para chegar até as caixas d’aguas e torneiras dos lagoenses. No entanto apenas um desses processos que é o de “complexação” não está obtendo o resultado desejado, fazendo com a água não fique transparente e cristalina.
Segundo a diretora superintendente, o problema atual está na adição desta substancia complexante. Ela conta que a água precisa desse componente para controlar a quantidade de ferro e manganês que existe no produto. Ela diz que a água depende desse processo para que a mesma fique transparente. Mas o produto que é tradicionalmente usado nesse processo, de uma forma inexplicável, não está conseguindo obter o resultado de costume. Por isso, a água está chegando às residências com “forma” e cheiro diferente do normal. Outro fator é que a água também pode apresentar sabor de “ferrugem”. Júnia disse que o SAAE, inclusive já comprou o produto “Ortopolifosfato de Sódio” de outra empresa para tentar solucionar o problema. Ela disse que mesmo apresentando cor diferente (amarelada), cheiro (barro) e gosto (ferrugem) á água não oferece nenhum tipo de risco à população. A diretora disse também que a caixa já foi lavada e com a chegada do novo produto na próxima semana espera que o problema seja resolvido.
Fonte: Vanderlei Gontijo