Empresários mineiros investem em novos projetos e contratação de crédito no BDMG para inovação bate recorde
Banco anuncia ampliação no volume de crédito disponível para iniciativas inovadoras após superar meta inicial de R$ 300 milhões em financiamentos
Uma plataforma que calcula o volume de água e o
período que a irrigação deve ser acionada nas lavouras é o principal negócio da
iCrop, empresa localizada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que acaba de
captar R$ 3,5 milhões com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG)
para aprimorar sua atuação. Assim como os sócios da companhia, os mineiros
estão investindo mais em inovação em 2024, o que levou o BDMG a superar a meta
inicial e atingir o maior montante da história em contratações de crédito para
projetos de inovação: R$ 313 milhões até outubro. Diante da alta demanda, a
instituição vai ampliar o volume disponível para o segmento.
O total de contratações realizadas neste ano já é 70% superior a todo o crédito liberado pelo BDMG para iniciativas de inovação desde 2019. “Em abril, o BDMG anunciou R$ 300 milhões para inovação em 2024 e, antes mesmo do fim do ano, já ultrapassamos essa expectativa. Isso demonstra que os empresários estão otimistas em relação aos negócios e entenderam que inovar é ser novo para a empresa, não necessariamente para o mercado. É uma mudança de entendimento que despertou nos empresários a vontade de desenvolver novos projetos”, afirma o presidente Gabriel Viégas Neto.
“Os números mostram que estamos no caminho certo. O Governo de Minas acredita que o incentivo à inovação, bem como à ciência e novas tecnologias, é estratégico para o desenvolvimento econômico e vem fortalecendo a posição de Minas, cada vez mais, como referência no cenário nacional. Em parceria com o BDMG, temos feito a nossa parte, e os resultados estão aí”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
Inovação tipo exportação
Com sede em Uberlândia, a iCrop desenvolveu uma plataforma baseada em inteligência artificial que identifica a umidade do solo e, assim, define e programa o volume e a periodicidade da irrigação nas plantações. Isso permite uma economia no uso de água e aumento da produtividade nas lavouras.
“O equipamento é ajustado diariamente e pode
representar economia de até 30% do volume de água utilizado pelos agricultores
e aumentar em até 20% a produtividade. A plataforma lida com algoritmos de
dados ajustados para a necessidade da planta. Ele compara diversas variáveis
como o vento, a chuva e o clima do local. O sistema vai orientar o pivô de
irrigação de forma precisa. É pura ciência e tecnologia”, explica o sócio e CFO
da empresa, Flávio Brito.
A empresa já atende 50 tipos de culturas e tem
clientes em todas as regiões do Brasil, e também em países como África do Sul e
Egito. A partir dos recursos contratados junto ao BDMG, a companhia vai
investir em novas tecnologias e contratação de mão de obra especializada para
atender novos mercados, como projetos pilotos em desenvolvimento nos Estados
Unidos e na Romênia.
“O nosso foco é a expansão internacional. Queremos
chegar em 50% de operação internacional. O BDMG vai nos permitir isso a partir
de um crédito acessível”, reforça Brito, que destaca as taxas abaixo do mercado
e os prazos ampliados oferecidos pelo Banco mineiro.
Os recursos contratados pela iCrop foram captados pelo
BDMG junto a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), por meio
do Programa Pró-Inovação, e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). No
âmbito federal, a Finep é a principal parceira, sendo o Banco responsável por
95% dos repasses em que a instituição precisa de um agente financeiro como
mediador no Estado.
Oportunidade diferenciada
Além de projetos, com o crédito do BDMG é possível
financiar itens como máquinas, veículos e até robôs e tecnologias da indústria
4.0, desde que já tenham sido previamente credenciados pelos fabricantes como
difusores de inovação. Outro atrativo é
que algumas operações – que podem variar de R$ 150 mil a R$ 30 milhões – tem
custos abaixo da Selic, que é o padrão referencial de mercado. Há ainda linhas
de crédito atreladas à Taxa Referencial (TR) e isentas do Imposto Sobre
Operação Financeira (IOF), resultando em custo final ainda mais atrativo.
Fonte: ASCOM BDMG