Ex-prefeito de Carmo do Paranaíba é investigado na Operação Isonomia
O ex-prefeito Marcos Aurélio Costa Lagares “Marcão” foi objeto de investigação na “operação isonomia” que aconteceu na manhã desta terça-feira(23/05) em Carmo do Paranaíba e em outras cidades. Foram apreendidos computares e documentos na casa do ex-prefeito.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS divulgou em nota que por meio do GAECO de Uberlândia e da coordenadoria Geral das Promotorias do Patrimônio Público, deflagrou, com o apoio do núcleo de Patos de Minas do GAECO de Uberlândia, na data de hoje, a “operação isonomia”.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva nas cidades de Uberlândia, Canápolis, Carmo do Paranaíba e Presidente Olegário.
A operação contou com a participação de 45 policiais militares rodoviários federais, 12 viaturas policiais e 4 Promotores de justiça.
Trata-se de investigação dos crimes de organização criminosa, tráfico de influências, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Houve autuação de quatro pessoas em flagrante delito, duas por corrupção passiva, uma por corrupção ativa e outra por porte ilegal de arma de fogo.
A investigação apura a contratação, por parte de inúmeras Prefeituras Municipais da região do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, de escritório de advocacia situado em Uberlândia para prestação de serviços de compensação de créditos tributários.
As contratações se davam mediante inexigibilidade de licitação, e eram levadas a efeito em razão de influência exercido por outro escritório de advocacia também situado em Uberlândia.
Os lucros advindos da prestação de serviços eram divididos isonomicamente, ou seja, 50% (cinquenta por cento) para o escritório responsável por influenciar os municípios a fazer a contratação; 50% (cinquenta por cento) para o escritório contratado e responsável pela efetiva prestação de serviços.
Em alguns municípios houve a solicitação, por parte do Prefeito Municipal responsável pela contratação, de pagamento de vantagem ilícita, no valor de 20% do valor efetivamente pago a título de honorários; parte dos valores foram pagos. Fim da nota.
O advogado Dr. Mozart disse em entrevista que os objetos que foram levados da casa do ex-prefeito pelos investigadores quase todos foram devolvidos, somente foi levado um HD de um computador. Disse ainda que não houve condução coercitiva, o ex-prefeito se apresentou e prestou os eclarecimentos necessários ao promotor.
Fonte: tonamidiacp/vídeo:tvparanaíba
Fonte: Vanderlei Gontijo