Família de Varjão de Minas busca por informações sobre rapaz preso em Londres suspeito de matar estudante
Segundo a mãe do acusado ele sofre de depressão e já esteve internado na Inglaterra.
A família do brasileiro Keven Antônio Lourenço de
Morais, de 23 anos, vive dias de tensão por não ter notícias do jovem, preso há
mais de uma semana em Londres, no Reino Unido. Ele é suspeito de matar a
estudante indiana Tejaswini Kontham, de 27 anos, e de esfaquear outra mulher.
Em conversa ao g1, a mãe de Keven, Léia Moraes,
disse que ele se mudou de Varjão de Minas, no Noroeste de Minas, para o país
europeu há 5 anos. A última vez que ela se encontrou com o filho foi há menos
de dois meses, quando visitou a capital inglesa e percebeu que o filho estava
com quadro depressivo.
“Quando fui passear lá vi que meu filho não estava
bem. Ele tentou demonstrar a todo tempo que ele estava bem, mas aos poucos
percebi que não estava mesmo”.
Léia disse ainda que não tem notícias do filho desde
a prisão e que está muito preocupada com a situação dele.
“Estou em desespero por não saber nada dele. Estou
em estado de choque. O que eu mais queria neste momento é saber como ele está”,
completou.
Internação e fim de relacionamento
O tio de Keven, Luiz Müller de Morais, também
confirma a aflição da família por não ter notícias do jovem.
“A família está angustiada porque ele está em um
presídio, não sabemos a situação da defesa e da investigação, nem qual foi a
motivação do crime”.
Segundo Luiz Müller, o sobrinho teve depressão após
alguns acontecimentos e chegou a ser internado.
“Ele tinha uma namorada em Londres, que teve um
problema de coração e eles terminaram. Ela passou por um transplante, mas ela e
o Keven se separaram. Depois da separação, ele começou a sentir muita falta
dela e depois ela morreu”, detalhou.
O tio disse ainda que outras questões também
deixaram Keven apreensivo e fez com que ele fosse internado. Ele estava na
Inglaterra desde 2019, quando foi junto com a irmã.
“Em nenhum momento a família está julgando o Keven
como criminoso. Em sã consciência, não teria motivação nenhuma para fazer o
ato”, afirmou o tio.
Diante da situação, ele pede ajuda para o Governo.
“Precisamos que o governo brasileiro olhe nossa
situação de angústia e nos diga como está o andamento da investigação, qual foi
a motivação, se ele está recebendo atendimento psicológico, como vai ser o
julgamento. A família deveria estar ciente”.
Na época da prisão, o Ministério das Relações
Exteriores informou em nota que “tem conhecimento do caso, está em contato com
as autoridades locais responsáveis pela investigação e presta assistência
consular ao nacional brasileiro e a seus familiares”.
O g1 fez contato com a defesa de Keven e aguarda
retorno.
O crime
Conforme nota divulgada pela Polícia Metropolitana
de Londres, a polícia foi chamada até uma casa em Neeld Crescent, na região de
Wembley, no Noroeste de Londres, às 10h do dia 13 de junho. No local,
encontraram Tejaswini Kontham e outra mulher feridas.
O Serviço de Ambulância de Londres foi acionado e
tentou socorrer Tejaswini, mas ela não resistiu aos ferimentos. A segunda
mulher foi levada ao hospital, mas sem risco de morte. O crime é investigado
pela polícia local.
Conforme a imprensa britânica, Tejaswini Kontham se
mudou da Índia para a Inglaterra em março para fazer mestrado na Universidade
de Nottingham.
Ainda em nota, a polícia da capital inglesa
informou que Keven foi levado para o Tribunal de Magistrados de Uxbridge no dia
15 de junho. Outras duas pessoas foram detidas por possível conexão com o caso,
mas foram liberadas em seguida.
Fonte: G1
Vanderlei Gontijo
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COMENTÁRIOS DESABILITADO(1)
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MORADOR VARJONENSE
Todos do varjão sabem quem é o Keven e como ele é, impossível de ferir uma mosca . Sempre um menino trabalhador e prestativo com todos. Amoroso com todos a sua volta. Que Deus nos ajude.
23/06/2023 14:04
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