Fecomércio MG apresenta análise do Mercado de trabalho em Minas Gerais e Alto Paranaíba
A Região do Alto Paranaíba aponta o melhor volume de empregos desde janeiro de 2020
O Núcleo de Estudos Econômicos da
Fecomércio MG produziu uma análise sobre os dados do Mercado de Trabalho em
Minas Gerais com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED) e compilou destaques da região do Alto Paranaíba.
Minas desempenha um papel fundamental
no mercado de trabalho do país. Como o segundo estado mais populoso, possui o
segundo maior estoque de empregos formais do Brasil. Devido à presença de 853
municípios, é necessário analisar as características de cada região com foco em
suas particularidades.
O salário médio de Admissão do trabalhador mineiro é de R$ 1.882,03. No
setor de Comércio é de R$1.598,57 e no setor de Serviços é de R$1.916,58.
Alto Paranaíba
Por seu alto potencial no setor
agropecuário, a região registrou novos postos de trabalho, apontando o melhor
volume de empregos desde janeiro de 2020, demonstrando melhora na atividade
econômica da região, tendo em vista o aumento da demanda por mão de obra ente
os 31 municípios. O salário médio da região foi de R$ 1.809,88, ligeiramente
inferior da média estadual. Na região, teve incremento de profissionais sênior
no mercado de trabalho, o que não aconteceu no consolidado no estado de Minas
Gerais.
O estoque de empregos na região do
Alto Paranaíba encerrou o primeiro semestre do ano atual com 187.504 postos de
trabalho formais. Esse volume é 4,6% superior ao observado em junho de 2022. À
medida que consideramos o final do ano de 2022, houve um aumento de 7,1%,
demonstrando que o mercado de trabalho formal na região está avançando com a
melhora da atividade econômica do estado. O estoque na região do Alto Paranaíba
correspondeu a 4,3% do estoque no estado de Minas Gerais, que possui mais de
4,6 milhões de postos de trabalho.
O saldo de empregos, composto pelas
admissões menos os desligamentos, registrou um aumento de 4.978 novos postos de
trabalho no mês de junho, (sinal de que houve mais contratações que demissões).
A geração de empregos líquidos é bem-vista, uma vez que traz consigo a criação
de novas vagas, especialmente após a redução de 1.748 empregos no mês de maio.
É importante destacar ainda que o mês atual apresentou um saldo de empregos
mais significativo desde junho de 2022, quando foram criados 5.708 postos de
trabalho.
O saldo de empregos por atividade
demonstrou que a maior proporção da criação líquida de empregos ocorreu no
setor da Agropecuária, representando 86% dos novos postos. Por outro lado, o
setor terciário, composto pelas atividades de Serviço e Comércio, foi
responsável por 9% da geração líquida de vagas.
O Salário Médio de Admissão em junho
foi de R$ 1.809,88, o que representa um valor 4% inferior à média do estado de
Minas Gerais. Ao observarmos os setores, a atividade de Construção foi a que
registrou o maior salário de contratação, com o valor de R$ 2.125,71, seguida
pela Indústria, que registrou R$ 2.066,54.
Ao analisar o saldo de empregos por
Faixa Etária, observa-se que os mais jovens têm maior presença no mercado de
trabalho. A faixa etária entre 18 e 24 anos acumulou 1.628 vagas, seguida pela
faixa de 30 a 39 anos com 1.141 admissões líquidas. Um destaque notável é que o
Alto Paranaíba gerou 87 novas posições para profissionais acima dos 60 anos, o
oposto do que ocorreu no consolidado do estado de Minas Gerais, que teve uma
redução de vagas para profissionais acima dos 60 anos.
Para o economista da Fecomércio MG
Gilson Machado, o saldo de empregos por atividade demonstrou que a maior
proporção da criação líquida de empregos ocorreu no setor da Agropecuária,
"O setor resultou em 86% dos novos postos. Por outro lado, o setor
terciário, composto pelas atividades de Serviço e Comércio, foi responsável por
9% da geração líquida de vagas", explica.
Na análise por gênero, identifica-se
uma maior proporção de homens, ocupando 58% do saldo de empregos líquidos,
enquanto as mulheres foram responsáveis pelos 42% restantes. Essa predominância
masculina pode ser atribuída à atividade na região, que teve uma maior geração
de empregos no setor da Agropecuária, porém, isso não exclui a participação das
mulheres na atividade econômica da região.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo de Minas Gerais, é a maior representante do setor
terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras.
Juntos com Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a entidade integra a Confederação
Nacional do Comércio (CNC), atuando junto às esferas pública e privada para
defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de
requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de
trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no
estado e muito mais.
Há 84 anos fortalecendo e defendendo o
setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.
Fonte: Fecomércio-MG