Folias de reis voltam a movimentar o final de semana no município de Lagoa Formosa com vários eventos culturais e religiosos
Uma tradição que é mantida com fé e amor, assim resume o sentimento dos festeiros que todos os anos reúnem milhares de pessoas em locais diferentes para homenagear os Três Reis Santos, através das Folias de Reis. No último final de semana o município de Lagoa Formosa mais uma vez presenciou várias festas em locais diferentes. No Sábado (25/07) aconteceu a folia da localidade de Beco, dos festeiros Andreia, José Roberto e Marcelo. No mesmo dia a folia do Recanto “Xande da Nenen” foi realizada na região de Maxixe. Já no Domingo (26/07) foi a vez da folia do cochilo manso, na região do Lavrado. Ao todo 06 (seis) folias aconteceram neste final de semana no município.
Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa, ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil no início da formação da identidade cultural do país, e que ainda hoje prevalece vivo nas manifestações folclóricas de muitas partes do Brasil. Na região, o estilo das Folias sofreram mudanças com o passar dos tempos. Atualmente já não é possível ver folias com os convidados chegando montados a cavalos ou até mesmo em carros de bois. Os tempos mudaram, mas o que prevalece mesmo é a tradição que é passada de pais para filhos e que não deixa morrer a cultura da região. Nos meses de Junho, Julho e Agosto os festeiros reservam tempo especial para organizarem suas folias e manterem vivas suas crenças.
Em Lagoa Formosa, as Folias de Reis arrastam multidões de pessoas, e até mesmo os comerciantes aproveitam para faturar uma grana extra, sendo que as comemorações são em locais e datas programadas. As principais festas no município podem prolongar por até uma semana, cada folia. Segundo os festeiros, neste ano de 2015, a folia que contou com a participação de maior número de pessoas teve um público de aproximadamente 05 (cinco) mil convidados. As Folias de Reis são famosas também por oferecer comida em abundancia aos participantes. A tradição “manda” que a coroa seja passada de uma pessoa para outra todos os anos, assim mantendo viva a cultura da Região no Alto Paranaíba.
Fonte: Vanderlei Gontijo