GAECO deflagra Operação Aquiles e cumpre 38 mandados de busca e apreensão
A deflagração visava o cumprimento a 38 mandados de busca e apreensão e 38 mandados de prisão
Nesta
última segunda-feira (02), a unidade do Grupo de Atuação Especial de Repressão
ao Crime Organizado (GAECO) em Patos de Minas, com a cooperação da Polícia
Militar de Minas Gerais, deflagrou a Operação Aquiles. A operação foi
desencadeada nas cidades de Monte Carmelo, Coromandel, Patrocínio, Uberaba,
Delta, Prata e Uberlândia.
A deflagração visava o cumprimento a 38 mandados de busca e apreensão e 38 mandados de prisão,
expedidos pela Justiça Estadual da Comarca de Monte Carmelo em desfavor de
integrantes de sociedade delitiva, integrada por pessoas que, agindo em
comunhão de esforços e unidade de desígnios teriam, mediante tráfico de drogas,
comércio ilegal de arma de fogo, comercialização de medicamento abortivo,
anfetaminas, homicídios, corrupção e lavagem de capitais, obter vantagem de
qualquer natureza.
A investigação está em curso
desde 09 de fevereiro de 2019 e contou com diversas medidas investigativas,
dentre elas interceptação telefônica e ação controlada, que contribuíram para a
elucidação de diversos crimes.
A deflagração da operação visa
garantir a ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal, atender a
conveniência da instrução criminal e angariar mais provas dos crimes
praticados. Foram identificados 38 sujeitos ativos que atuam no empreendimento
criminoso.
O comando da organização era
exercido por dois indivíduos, um deles, M.S.N, indivíduo que cumpria pena em
regime semi-aberto na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em
Uberaba. Ao sair pela manhã, todos os dias se dedicava exclusivamente ao
empreendimento criminoso, sendo o responsável por distribuir cocaína e crack
para diversas cidades do estado de Minas Gerais e até para cidades de outras
unidades da federação. Para isso, contava com a participação da esposa
M.L.F.S.N e das filhas, dentre elas B.S.N, que atuavam no transporte, cobertura
ao veículo que era usado para transportar a droga e controlavam as finanças da
célula criminosa. Para dissimular a origem ilícita dos ativos financeiros, eles
investiam os proventos em imóveis e carros de luxo.
O outro indivíduo que chefiava
o empreendimento criminoso se trata de M. A.S, que mantinha um laboratório de
refino de cocaína e crack, drogas que eram comercializadas em pontos de revenda
em Uberaba e outras cidades, identificados no empreendimento criminoso como
“lojinhas”. Para dissimular a origem ilícita dos ativos financeiros, M.A.S
empregava o dinheiro em imóveis e em cavalos de raça.Outra célula do
empreendimento criminoso era chefiada por D.B. A, que revendia a droga
adquirida de M.S.N e M.A.S em Monte Carmelo, Estrela do Sul, Iraí de Minas,
Coromandel, Abadia dos Dourados e outras cidades. Além de drogas, D.B.A
revendia ilegalmente armas de fogo e munições ilegalmente. D.B.A contava com a
ajuda de outras pessoas para a atividade ilícita
Apurou-se ainda a existência de
outra sociedade delitiva, integrada por pessoas, que com estabilidade e
deliberadamente, se uniram para, mediante o tráfico de drogas e outros crimes,
obter vantagem de qualquer natureza na cidade de Prata, sob o comando de W.M.S.
Para garantir o cumprimento dos decretos de prisão preventiva e os mandados de busca, apreensão e sequestro de veículos, há a previsão do emprego de 173 policiais militares, viaturas caracterizadas e descaracterizadas, aeronaves, drones, cães, Promotores de Justiça, analistas do Ministério Público e serventuários do Poder Judiciário.