Garota diz que foi obrigada a engolir comprimido a força em festa particular na cidade de Patos de Minas e é encontrada vagando após pedir socorro
A mãe da jovem que mora em Patrocínio acionou a Polícia Militar dizendo que a filha estava pedindo socorro através de aplicativo de celular.
Uma jovem patrocinense, de 20 anos, foi obrigada a engolir um
comprimido, contra a vontade dela, dentro de uma casa de shows no centro de
Patos de Minas. A moça pediu socorro aos familiares, que estavam em
Patrocínio/MG, e foi encontrada pela Polícia Militar na madrugada de domingo
(12/02) na Avenida Getúlio Vargas.
A mãe contou aos policiais militares que a filha havia ganhado um
ingresso para uma festa na noite de sábado (11/02). Ela teria ido na festa na
companhia de uma amiga. Durante a madrugada, a mãe da menina entrou em contato
com o 46º BPM em Patrocínio e relatou que a filha havia pedido socorro através
de mensagens de WhatsApp.
A jovem mandou a localização para os familiares e rapidamente foi
encontrada pela Polícia Militar. Ela estava vagando pela Avenida Getúlio
Vargas. Durante a abordagem, ela se escondeu atrás da viatura policial,
alegando que “os homens estavam vindo”.
A moça foi levada para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), onde foi
constatado algumas lesões nos braços, porém não havia indícios de abuso sexual.
A vítima contou aos policiais que estava na festa e fazia uso de bebida
alcoólica com a amiga e outro amigo delas, momento que um rapaz, que ela não
conhece, chegou e a segurou pelos braços. Este homem teria colocado um
comprimido na boca dela, porém ela tentou cuspir. O homem então tapou a boca
dela e a obrigou a engolir. Depois disso, ela só recorda de ter discutido com a
amiga.
Ainda segundo a ocorrência, a amiga teria retornado para Patrocínio e
deixado a vítima na festa. A mãe entrou em contato com a moça a qual afirmou
que a vítima era “chata”, não aceitava as propostas e que isso irritava as
pessoas.
Após o atendimento médico, a jovem foi liberada. O caso foi registrado
como constrangimento ilegal.
A equipe de jornalismo entrou em contato com o escritório Spagnulo e
Filhos Advogados Associados, que representa a casa de shows. Ernani Spagnoulo
informou que os proprietários alugaram o espaço para uma festa particular e que
eles desconhecem o ocorrido. Frisou ainda que os funcionários são orientados a
prestar ajuda às mulheres que se encontram em qualquer situação de risco.
Leia a íntegra da nota:
Os responsáveis pela boate desconhecem tal fato, uma vez que no referido
dia a boate foi alugada para realização de um evento particular. Todos os
funcionários do estabelecimento são orientados e instruídos a prestar todo e
qualquer auxílio à mulheres que se encontrem ou possam se encontrar em situação
de risco. O fato em questão só chegou ao conhecimento dos proprietários do
estabelecimento quando procurados por esta reportagem.
Os responsáveis se colocam a inteira disposição para colaborar com as
investigações no que lhes for possível. O estabelecimento frisa o fato de que
sua maior preocupação é a segurança e o bem estar de suas clientes orientando
que a qualquer sinal de perigo, por menor que seja, que procure um segurança ou
funcionário que está de prontidão para prestar o auxílio necessário.
Fonte: Igor Nunes