Homem é acusado de estupros em série de crianças em comunidade rural no Noroeste de Minas Gerais
Os crimes estariam ocorrendo há 23 anos, desde 1998 na zona rural de Arinos.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou um
homem por estupros em série de crianças de
uma comunidade rural de Arinos, município do Noroeste
de Minas Gerais. Os crimes estariam ocorrendo há 23 anos,
desde 1998, quando o denunciado, foragido do Rio de
Janeiro e com identidade falsa foi morar na localidade. Até o
momento, as investigações identificaram nove vítimas, entre meninos e
meninas, mas outras podem surgir a partir de
informações prestadas por elas. Os estupros teriam ocorrido até
o início deste ano. Um deles já estaria prescrito. O processo
corre em segredo de Justiça.
Segundo apurado, o homem, ao chegar na zona rural, fez
amizade com os moradores da região e passou a frequentar a casa de
vários deles. Com esse acesso livre, começou a
ter contato com as crianças. E, para cometer os
crimes, as atraia com balas e dinheiro para locais
ermos, onde os menores, sob ameaça de morte a si e a seus
familiares, eram constrangidos a praticar
atos sexuais. Para não ser descoberto, além de usar dessas
ameaças, ele mantinha fortes laços de amizade com os parentes das
vítimas, como forma de desacreditar qualquer acusação.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Arinos, muitas das vítimas, não
bastasse terem sido violentadas mais de uma vez, em algumas
ocasiões, ainda foram acusadas injustamente por membros da comunidade
de serem mentirosas e de terem sido as causadoras do estupro. Várias delas
relataram sofrer de problemas psiquiátricos, como depressão, em razão da
violência e das acusações.
Na denúncia, a Promotoria de Justiça de Arinos pede à Justiça
que condene o homem por estupro, já que uma das vítimas possuía entre 14 e
18 anos quando foi violentada, e por estupro de
vulnerável, já que as outras eram menores de 14 anos quando
sofreram a violação sexual. Para os crimes, o Código
Penal prevê, por ato de violência, penas que
variam de oito a 20 anos de cadeia.
Ele também foi denunciado por apresentação de identidade falsa, cuja
pena é de detenção de três meses a um ano, ou multa, se o fato
não constitui elemento de crime mais grave. Na denúncia, o promotor de
Justiça Ederson Morales Novakoski pediu ainda a prisão
preventiva do homem, que atualmente encontra-se preso numa unidade
prisional de Unaí. Se for condenado por todas
as acusações, ele pode pegar penas que ultrapassam 70 anos
de cadeia.
Diante do fato, o promotor de Justiça reforça a importância
dos serviços educativos e de apoio social àqueles que foram
vítimas destes crimes. Ele também destaca que casos de violência
sexual contra crianças e adolescentes podem ser comunicados ao Conselho
Tutelar, à Polícia Civil, ao próprio Ministério
Público ou, pelo telefone, ao Disk 100.
Fonte: Ministério Público de Minas Gerais/imagem: PLOX
Vanderlei Gontijo
COMENTÁRIOS DESABILITADO(1)
-
EVANIA VIEIRA DOS SANTOS MOREIRA
Acho que os estrupadores em geral deveriam ter prisão perpétua, pra não sai da cadeia nunca mais, fico indignada com isso, esses monstros não tem coração.
03/12/2021 00:05
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