Inquérito policial mais antigo em tramitação na delegacia de homicídios em Patos de Minas é finalizado
Nesta terça-feira (19/12) completou 17 anos da morte da vítima
Nesta
quarta-feira (20/12), a Polícia Civil finalizou o inquérito policial mais
antigo em tramitação na delegacia de homicídios na cidade de Patos de Minas.
Trata-se do assassinato de Maria dos Anjos Fonseca, ocorrido em 19 de dezembro
de 2007. Duas pessoas, incluindo um parente da vítima, foram indiciadas.
Segundo informações da PC, o
caso foi de extrema complexidade, com requintes de crueldade e ações dos
suspeitos para dificultar as investigações, como ameaças a testemunhas. O
inquérito foi concluído com a identificação de dois autores, sendo que um deles
seria parente da vítima.
O caso teve início quando uma
mulher foi encontrada morta próximo ao lixão de Patos de Minas, estando ela com
uma corda amarrada no pescoço, apresentando sinais de estrangulamento e em
estado de putrefação.
Ainda de acordo com a Polícia
Civil, desde o primeiro momento, foram realizadas diversas diligências que
esbarravam em ações dos autores em impor às testemunhas o silêncio e a relatar
depoimentos mentirosos para as autoridades policiais.
Segundo os autos, a primeira
suposta autora, querendo imputar o crime a desafetos, acabou combinando com o
namorado de matar a vítima.
Desta situação, o casal teria
premeditado a ação fazendo com que as demais pessoas que estavam na casa, onde
a vítima também morava, saíssem e deixassem a vítima sozinha com os autores,
momento que eles a asfixiaram usando uma corda.
Depois, o casal teria colocado
o corpo da vítima no porta-malas do carro. Em seguida, eles falaram para os
outros familiares que a vítima tinha saído e não teria voltado. Os autores
levaram a vítima para o lixão e desovaram o corpo no local.
Para reforçar a ação criminosa,
os autores teriam forjado um bilhete de socorro que teria sido escrito pela
vítima. Nele, ela relatava que estaria sequestrada e deixava entendimento de
quem seriam os autores, apontando para um dos desafetos da suspeita.
Conforme
planejado pelos suspeitos, eles forjaram ligações telefônicas dizendo que
seriam os desafetos pedindo resgate para libertar a vítima.
Segundo a investigação, os
possíveis autores também teriam ameaçado algumas testemunhas determinando que
mentissem quando fossem prestar depoimento na delegacia.
Diante das dificuldades na
investigação, a Polícia Civil – por meio de coleta de depoimentos usando o
projeto Oitiva Virtual Móvel (OVM) – conseguiu desvendar o crime indiciando a parente
da vítima e o namorado dela por homicídio qualificado pela torpeza, asfixia e
dificuldade de defesa, além de ocultação de cadáver e coação no curso do
processo.
Fonte:
Polícia Civil