Inquérito policial mais antigo em tramitação na delegacia de homicídios em Patos de Minas é finalizado

Nesta terça-feira (19/12) completou 17 anos da morte da vítima

Notícias | Policiais

21 Dezembro, 2023

0

Inquérito policial mais antigo em tramitação na delegacia de homicídios em Patos de Minas é finalizado


Nesta quarta-feira (20/12), a Polícia Civil finalizou o inquérito policial mais antigo em tramitação na delegacia de homicídios na cidade de Patos de Minas. Trata-se do assassinato de Maria dos Anjos Fonseca, ocorrido em 19 de dezembro de 2007. Duas pessoas, incluindo um parente da vítima, foram indiciadas.

Segundo informações da PC, o caso foi de extrema complexidade, com requintes de crueldade e ações dos suspeitos para dificultar as investigações, como ameaças a testemunhas. O inquérito foi concluído com a identificação de dois autores, sendo que um deles seria parente da vítima.

O caso teve início quando uma mulher foi encontrada morta próximo ao lixão de Patos de Minas, estando ela com uma corda amarrada no pescoço, apresentando sinais de estrangulamento e em estado de putrefação.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, desde o primeiro momento, foram realizadas diversas diligências que esbarravam em ações dos autores em impor às testemunhas o silêncio e a relatar depoimentos mentirosos para as autoridades policiais.


Segundo os autos, a primeira suposta autora, querendo imputar o crime a desafetos, acabou combinando com o namorado de matar a vítima.

Desta situação, o casal teria premeditado a ação fazendo com que as demais pessoas que estavam na casa, onde a vítima também morava, saíssem e deixassem a vítima sozinha com os autores, momento que eles a asfixiaram usando uma corda.

Depois, o casal teria colocado o corpo da vítima no porta-malas do carro. Em seguida, eles falaram para os outros familiares que a vítima tinha saído e não teria voltado. Os autores levaram a vítima para o lixão e desovaram o corpo no local.

Para reforçar a ação criminosa, os autores teriam forjado um bilhete de socorro que teria sido escrito pela vítima. Nele, ela relatava que estaria sequestrada e deixava entendimento de quem seriam os autores, apontando para um dos desafetos da suspeita.

Conforme planejado pelos suspeitos, eles forjaram ligações telefônicas dizendo que seriam os desafetos pedindo resgate para libertar a vítima.

Segundo a investigação, os possíveis autores também teriam ameaçado algumas testemunhas determinando que mentissem quando fossem prestar depoimento na delegacia.

Diante das dificuldades na investigação, a Polícia Civil – por meio de coleta de depoimentos usando o projeto Oitiva Virtual Móvel (OVM) – conseguiu desvendar o crime indiciando a parente da vítima e o namorado dela por homicídio qualificado pela torpeza, asfixia e dificuldade de defesa, além de ocultação de cadáver e coação no curso do processo.

Fonte: Polícia Civil

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




COMENTÁRIOS DESABILITADO(0)