IPVA 2022: Zema confirma congelamento dos valores deste ano
Manutenção das taxas havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais no último dia 15 em projeto apresentado pelo deputado Bruno Engler (PRTB)
Depois de conversar com os
prefeitos das cidades mineiras, o governador Romeu Zema (Novo) garantiu em seu
Twitter nesta quarta-feira (29/12) que congelará a tabela do Imposto Sobre
Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) do ano que vem nos mesmos valores de 2021. A manutenção das taxas havia
sido aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no último dia
15 em projeto apresentado pelo deputado Bruno Engler (PRTB).
Com a sanção, os proprietários de veículos
vão pagar em janeiro de 2022 o mesmo valor que a tabela de 2021. A valorização
do preço dos automóveis mobilizou a apreciação do projeto na assembleia. O
valor dos carros usados tiveram aumento significativo durante a pandemia do
coronavírus, com alta de 22,81%, na média.
O cobertor das contas
públicas de Minas é curto. Mas para amenizar os efeitos da crise no bolso dos
mineiros, vou sancionar o congelamento do IPVA 2022 nos mesmos valores de 2021”,
afirmou Zema em seu perfil.
“Seguiremos equilibrando
as contas para permitir ações imediatas sem comprometer o futuro”, completou o
governador.
Antes de o governador
confirmar o congelamento do IPVA, o presidente da ALMG, Agostinho Patrus Filho
(PV), já havia se manifestado sobre o tema: "Pagador de impostos, atenção:
se o Zema vetar a redução do IPVA para 2022, não pague até que a Assembleia
Legislativa analise o veto. Desta forma, você pagará menos imposto".
Na semana da votação, o
governo mineiro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a
decisão dos deputados estaduais de congelar o imposto. A Corte, no entanto,
indeferiu o pedido. A decisão foi tomada pelo ministro Luiz Fux, presidente do
Supremo.
A ação foi impetrada pela
Advocacia-Geral do Estado (AGE) algumas horas após os parlamentares aprovarem,
por 55 votos a zero, retomar a tabela do IPVA a patamares anteriores à pandemia
de COVID-19.
A queixa do poder
Executivo reside no fato de a votação ter ocorrido antes da análise da adesão
ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), pacote visto por Zema como esperança
para sanear as finanças do estado. Regimentalmente, o RRF precisaria ser
analisado antes de qualquer projeto. Uma deliberação expedida há cerca de 14
dias, no entanto, deu brecha para a votação do IPVA.
De acordo com a Constituição
Federal, 50% do IPVA é direcionado aos municípios. A outra metade fica com o
governo do Estado.
*Por EM