Lásaro Borges é cassado pela Câmara de Patos de Minas

Foram 13 votos pela cassação e dois contra.

Notícias | Política

18 Novembro, 2021

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Lásaro Borges é cassado pela Câmara de Patos de Minas


Aconteceu na tarde desta quinta-feira (18), no plenário da Câmara dos Vereadores de Patos de Minas, o julgamento de Lásaro Borges (PSD). Ele foi acusado de quebra de decoro parlamentar  por suposto estelionato eleitoral. Ele foi cassado por 13 votos favoráveis e dois contra.

 

Como votou cada vereador:

 

Pela cassação: Elisabeth Nascimento (DEM), Cabo Batista (CIDADANIA), José Eustáquio (PODEMOS), Ezequiel Macedo (PP), Carlito (DEM), Vicente de Paula (DEM), Willian de Campos (PATRIOTA), Vitor Porto (DEM), Mauri da JL (MDB), Gladston Gabriel (PODEMOS), José Luiz (PODEMOS), Daniel Gomes (PDT) e Nivaldo Tavares (PSD)

A favor de Lásaro Borges: Bartolomeu Ferreira (DEM), Itamar André (PATRIOTA)

Faltosos: João Marra (PATRIOTA)

 

O próximo suplente do Partido Social Democrático (PSD) é o professor Wanderlei Rodrigues Resende (551 votos).

 

O advogado de defesa, Abelardo Medeiros Mota, apresentou os argumentos. Ele destacou que não houve quebra de decoro, já que Lásaro fez a contratação do denunciante enquanto pessoa física. “O relatório da comissão não conseguiu apontar o que Lásaro fez, enquanto vereador, que configurasse quebra de decoro parlamentar”.

 

Assista:

 

COMISSÃO RECOMENDOU A CASSAÇÃO

 

O parecer opinou pela condenação ou seja cassação do mandato. A Câmara Municipal divulgou a íntegra do relatório final. Ele está disponível para acesso público, clique aqui.

A comissão é composta por Daniel Amorim Gomes (PDT) – presidente, Gladston Gabriel da Silva (PODEMOS) – relator e Elizabeth Maria Nascimento e Silva (DEM).

 

ENTENDA O CASO

Lásaro Borges é acusado de enganar Francisco Gonçalves de 69 anos. A acusação argumenta que o vereador ofereceu um cargo de motorista em troca dos serviços de cabo-eleitoral. Após a vitória, Lásaro teria contratado e reincidido (na sequência) o contrato de trabalho. Durante os depoimentos, o denunciante também citou que recebeu dinheiro para comprar votos.

 

Lásaro Borges nega todas as acusações. Durante as duas oitivas, ele argumentou que a denúncia seria infundada e de cunho político. Segundo o vereador, nunca houve oferta de emprego em troca do serviço de cabo-eleitoral, tampouco pedido de compra de votos. Além disso, citou que só contratou o Francisco Gonçalves após grande insistência.

 

O QUE DIZEM AS PARTES

 

Procurado nesta terça-feira (16), o advogado de defesa, Abelardo Medeiros Mota, afirmou que ficou surpreso com a eficiência da comissão processante. Os argumentos finais, por escrito, foram entregues na sexta-feira (12) e já nesta terça-feira (16) houve a emissão do parecer final. “Eficiência invejável” caracterizou ele.

 

Abelardo Medeiros destacou que a sessão de julgamento já era esperada e está dentro da previsão legal. Ele disse que não tem a intenção de apresentar nenhum recurso contra a realização. Por fim salientou que a defesa não faz manobra ou articulação, apenas apresentada fatos, o que também será feito na quinta-feira.

Já o advogado do denunciante, Thiago Queiroz, parabenizou o trabalho da comissão processante. “Apurou com sabedoria os fatos alegados na denúncia, com todas as provas produzidas e depoimentos necessários”.

 

Sobre a sessão de julgamento, Thiago Queiroz afirmou que a expectativa é por Justiça e que espera que todo o contexto seja considerado, inclusive as sentenças do judiciário.

 

Matéria em Atualização

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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