Lásaro Borges é cassado pela Câmara de Patos de Minas
Foram 13 votos pela cassação e dois contra.
Aconteceu na tarde desta quinta-feira (18), no plenário da Câmara dos
Vereadores de Patos de Minas, o julgamento de Lásaro Borges (PSD). Ele foi
acusado de quebra de decoro parlamentar
por suposto estelionato eleitoral. Ele foi cassado por 13 votos favoráveis
e dois contra.
Como votou cada vereador:
Pela cassação: Elisabeth Nascimento (DEM), Cabo Batista (CIDADANIA),
José Eustáquio (PODEMOS), Ezequiel Macedo (PP), Carlito (DEM), Vicente de Paula
(DEM), Willian de Campos (PATRIOTA), Vitor Porto (DEM), Mauri da JL (MDB),
Gladston Gabriel (PODEMOS), José Luiz (PODEMOS), Daniel Gomes (PDT) e Nivaldo
Tavares (PSD)
A favor de Lásaro Borges: Bartolomeu Ferreira (DEM), Itamar André
(PATRIOTA)
Faltosos: João Marra (PATRIOTA)
O próximo suplente do Partido Social Democrático (PSD) é o professor
Wanderlei Rodrigues Resende (551 votos).
O advogado de defesa, Abelardo Medeiros Mota, apresentou os argumentos.
Ele destacou que não houve quebra de decoro, já que Lásaro fez a contratação do
denunciante enquanto pessoa física. “O
relatório da comissão não conseguiu apontar o que Lásaro fez, enquanto
vereador, que configurasse quebra de decoro parlamentar”.
Assista:
COMISSÃO RECOMENDOU A CASSAÇÃO
O parecer opinou pela condenação ou seja cassação do mandato. A Câmara
Municipal divulgou a íntegra do relatório final. Ele está disponível para
acesso público, clique aqui.
A comissão é composta por Daniel Amorim Gomes (PDT) – presidente,
Gladston Gabriel da Silva (PODEMOS) – relator e Elizabeth Maria Nascimento e
Silva (DEM).
ENTENDA O CASO
Lásaro Borges é acusado de enganar Francisco Gonçalves de 69 anos. A
acusação argumenta que o vereador ofereceu um cargo de motorista em troca dos
serviços de cabo-eleitoral. Após a vitória, Lásaro teria contratado e reincidido
(na sequência) o contrato de trabalho. Durante os depoimentos, o denunciante
também citou que recebeu dinheiro para comprar votos.
Lásaro Borges nega todas as acusações. Durante as duas oitivas, ele
argumentou que a denúncia seria infundada e de cunho político. Segundo o
vereador, nunca houve oferta de emprego em troca do serviço de cabo-eleitoral,
tampouco pedido de compra de votos. Além disso, citou que só contratou o
Francisco Gonçalves após grande insistência.
O QUE DIZEM AS PARTES
Procurado nesta terça-feira (16), o advogado de defesa, Abelardo
Medeiros Mota, afirmou que ficou surpreso com a eficiência da comissão
processante. Os argumentos finais, por escrito, foram entregues na sexta-feira
(12) e já nesta terça-feira (16) houve a emissão do parecer final. “Eficiência
invejável” caracterizou ele.
Abelardo Medeiros destacou que a sessão de julgamento já era esperada e
está dentro da previsão legal. Ele disse que não tem a intenção de apresentar
nenhum recurso contra a realização. Por fim salientou que a defesa não faz
manobra ou articulação, apenas apresentada fatos, o que também será feito na
quinta-feira.
Já o advogado do denunciante, Thiago Queiroz, parabenizou o trabalho da
comissão processante. “Apurou com
sabedoria os fatos alegados na denúncia, com todas as provas produzidas e
depoimentos necessários”.
Sobre a sessão de julgamento, Thiago Queiroz afirmou que a expectativa é
por Justiça e que espera que todo o contexto seja considerado, inclusive as
sentenças do judiciário.
Matéria em Atualização