Mamoré perde para o Araxá e continua sem vencer no módulo II do campeonato mineiro
O jogo valendo pontos pelo módulo II e a expectativa do milésimo gol de Túlio Maravilha se juntaram no evento deste sábado (08/02) no Estádio Fausto Alvim, em Araxá. O Mamoré entrava em campo pela terceira vez na competição, em busca da primeira vitória. O verdão chegou a sair na na frente, mas levou o empate, num pênalti inventado pelo árbitro, propiciando a Túlio Maravilha, a marcação de seu milésimo gol na carreira, ainda na primeira etapa. No segundo tempo, aconteceu a virada do Ganso, que conquista sua segunda vitória do Grupo B, na estreia do técnico Nivaldo Lancuna.
O jogo
O Araxá começou melhor, mas aos poucos o Mamoré mostrou que estava afim de jogo. Aos 13minutos, Charles fez 1 a 0 para a equipe patense, cobrando falta, com a bola resvalando em Luís Antonio, antes de entrar. O resultado animou o Sapo, que teve chances de aumentar o marcador. O Araxá só apareceu, numa finalização do lateral Beto, na cobrança de falta, acertando o travessão.
Aos 29 minutos aconteceu o lance do jogo: pênalti para o Araxá, que só o árbitro Ígor Júnio Benevenuto viu. Uma bola levantada para a área e a defesa do goleiro Fabrício, do Mamoré, sem qualquer anormalidade. As imagens exibidas posteriormente pelas equipes de TV, ainda no Estádio, mostraram claramente a normalidade do lance, sem que houvesse qualquer infração do zagueiro Thales, como queria o juiz.
Aos 30 minutos de partida, Túlio Maravilha cobrou no cantinho direito do goleiro Fabrício, fazendo o milésimo gol da carreira. Não faltou comemoração do jogador com a galera do Ganso pelo feito alcançado. Depois de pegar a bola no fundo da rede, Túlio trocou a camisa 999 por uma outra, com o numeral 1000, o que foi impedido pelo árbitro, que ainda lhe mostrou o cartão amarelo. Ninguém discordava da comemoração de Túlio. Porém, a entrada de alguns torcedores, numa autêntica invasão de gramado permitida, provocou revolta nos diretores do Mamoré. O Presidente Beto Ribeiro criticou o fato e solicitou para que se constasse no relatório do representante todos aqueles acontecimentos. Num desabafo, o presidente ainda chamou de “armação” o lance do pênalti. Transtornado, Beto falou em se afastar da presidência, revoltado com o “que vem acontecendo no futebol”.
Antes do reinício de jogo, Túlio, que jogaria de 30 a 35 minutos como estava combinado com a diretoria e treinador, pediu substituição, entrando Zé Maria. No segundo tempo, o Mamoré foi à frente e teve duas boas chances, com Leonardo e Luisinho. Não fez e acabou levando o gol de virada, através do atacante Tony, aos 26 minutos. Daí prá frente, o Ganso passou a administrar, dificultando as coisas para o Sapo.
Araxá: Rafael Córdova, Rafael, Wellington, Asprila e Beto; Tinga, Léo Salino e Luciano (Henrique); Tony, Carlos Júnior (Bala) e Túlio Maravilha (Zé Maria). Treinador: Nivaldo Lancuna (pela quarta vez em Araxá). Cartões amarelos: Rafael Córdova, Rafael, Tinga, Léo Salino e Túlio.
Mamoré: Fabrício Rapchan, Bruno Limão (Paulinho), Thales, Luís Antonio e Fabiano; Caetano (expulso), Thiago Carvalho (Vitinho), Luís Ricardo e Charles; Leonardo e Luisinho (Rone). Treinador: Gerson Evaristo. Amarelo para Bruno Limão, Thales e Thiago Carvalho. Expulsão: o volante Thiago Carvalho recebeu o cartão vermelho, após a partida, por reclamação contra a arbitragem.
Protesto
A diretoria do Mamoré deverá formalizar um protesto junto à Federação Mineira de Futebol. São duas as reclamações: o pênalti inexistente marcado pelo árbitro e a invasão de gramado permitida, após o gol 1000 de Túlio.
Sequência
A delegação retornou a Patos de Minas depois do jogo e começa a se preparar para as duas próximas partidas, em casa, no Estádio Bernardo Rubinger e que serão de fundamental importância para o Mamoré na caminhada no Grupo B. Na quarta-feira, 20h00, o sapo recebe a Patrocinense, que foi derrotada no Júlio Aguiar pelo Uberlândia, por 3×1, também na tarde deste sábado. No domingo será contra o Montes Claros, às 16h00 (sem o horário de verão).
Milésimo Gol
Túlio Maravilha chegou ao Araxá, seu 29º clube, graças a uma parceria com o Grupo Zema, de cerca de R$ 500 mil reais, fora as despesas de hospedagem, alimentação e outras, para realização de seis partidas. A primeira meta seria a de se chegar ao gol 1000, o que foi conseguido na primeira partida.
O atacante conseguiu a sua maior contagem de gols pelo Goiás (187) e Botafogo (176), onde ganhou o apelido de Túlio Maravilha. Marcou o gol 500 jogando pelo Cruzeiro, onde fez quatro gols. Estão computados pelo jogador os 41gols marcados em jogos festivos e os 65, de 1986 a 1988, em categorias de base. Na seleção brasileira foram 13 gols em 15 jogos. Túlio Humberto Pereira Costa nasceu em Goiânia (GO) no dia 2 de junho de 1969 (44 anos).
A presença de Túlio no Fausto Alvim levou várias equipes de TV para a cidade de Araxá. Dadá Maravilha (926 gols na carreira) esteve presente e foi muito requisitado para entrevistas e fotos.
Por: Adamar Gomes/Fotos: Diário de Araxá
Fonte: Vanderlei Gontijo