Manifestantes realizam passeata no Centro de Patos de Minas contra maus tratos de animais e realização de rodeios em touros e cavalos
Aconteceu neste Sábado (09/02) na cidade de Patos de Minas, manifestação contra maus tratos de animais e realização de rodeios. A passeata teve início às 10h00 no galpão do produtor Rural, ao lado do Terminal Rodoviário e percorreu a Rua Major Gote até a sede do Centro Cultural Ruy Barbosa (CCRB). O objetivo do movimento de acordo com os manifestantes é mostrar para a população que existe maus tratos contra os animais que são usados nos rodeios.
De acordo com os manifestantes, o evento torna-se necessário uma vez que a maioria da população de Patos de Minas não conhece como os animais usados em rodeios são instigados a “pular”. Eles disseram que muitos desses animais não são agressivos por natureza; eles são fisicamente forçados a demonstrar um comportamento selvagem para fazer os cowboys parecerem corajosos. Ferramentas de Tortura, agulhadas elétricas, um pedaço de madeira afiado, unguentos cáusticos e outros dispositivos de tortura são usados para irritar e enfurecer os animais usados nos rodeios, com o objetivo de mostrar um "bom show "para a multidão, afirma uma manifestante.
Segundo ela Sedem ou sedenho, que é um artefato de couro ou crina de eqüinos é amarrado ao redor do corpo do animal (sobre saco escrotal) sendo que no momento da montaria o mesmo é puxado com força assim que o animal sai à arena. Além do estímulo doloroso pode também provocar rupturas viscerais, fraturas ósseas, hemorragias subcutâneas, viscerais e internas e dependendo do tipo de manobra e do tempo em que o animal fique exposto a tais fatores, pode-se evoluir até o óbito.
Os participantes da manifestação que aconteceu de forma pacífica, disseram ainda, que Objetos pontiagudos: pregos, pedras, alfinetes e arames em forma de anzol são colocados nos sedenhos ou sob a sela do animal. Choques elétricos e mecânicos são aplicados nas partes sensíveis do animal antes da entrada à arena. Eles disseram que golpes e marretadas na cabeça do animal, seguido de choque elétrico, costumam produzir convulsões no animal e são o método mais usado quando o animal já está velho ou cansado.
Esses recursos que fazem o animal saltar descontroladamente, atingindo altura não condizente com sua estrutura, resultam em fratura de perna, pescoço e coluna, distensões e contusões. Os defensores dos animais distribuíram panfletos, explicando aos que se interessarem pelo assunto pedindo que assinem um abaixo assinado que será encaminhado para o prefeito municipal, Ministério e outras autoridades.
Fonte: Vanderlei Gontijo/Fotos:Juliana Araújo