Mastite, a doença que pode provocar perdas de até 14 milhões de litros de leite, é traiçoeira e tem de ser tratada com muito cuidado
A doença impacta a produção de duas formas. A primeira é econômica: todo o leite produzido por vacas doentes precisa ser descartado e não pode ser consumido pelas pessoas.
O número é assustador: 14.178.023 de litros. Essa é a quantidade
de leite que pode ser perdida na produção nacional devido à ocorrência da
mastite entre as mais de 16 milhões de vacas que – de acordo com Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – compõem o rebanho nacional.
"O problema é comum especialmente em épocas quentes e úmidas – e o
tratamento rápido ajuda a manter os animais ativos e evitar prejuízos",
explica Antônio Coutinho, gerente de produtos de animais de produção da
Vetoquinol Saúde Animal.
"Em média, a doença
causa perdas de 40% na produção, o que pode representar até R$ 30,1 bilhões em
prejuízos aos produtores de leite. Durante os períodos mais quentes e úmidos,
as bactérias que causam a inflamação da mama dos bovinos se proliferam com mais
facilidade, o que é motivo de preocupação adicional", alerta Coutinho.
A mastite impacta a produção
de duas formas. A primeira é econômica: todo o leite produzido por vacas
doentes precisa ser descartado e não pode ser consumido pelas pessoas. A
segunda está relacionada ao bem-estar animal: as vacas podem ficar inchadas,
com vermelhidão e até mesmo feridas nos tetos.
"A
mastite clínica geralmente tem três graus. O primeiro provoca
alterações no leite e pode ser tratado com antibióticos e/ou
antinflamatórios isoladamente, dependendo do agente. O segundo,
quando as mudanças no leite se somam à inflamação dos tetos, e o terceiro
inclui a prostração do animal. Nos graus 2 e 3, recomenda-se a associação
de um antibiótico com um anti-inflamatório, garantido a recuperação rápida do
rebanho", destaca o especialista da Vetoquinol.
Fonte: Beatriz Pedrini