Mastite, a doença que pode provocar perdas de até 14 milhões de litros de leite, é traiçoeira e tem de ser tratada com muito cuidado

A doença impacta a produção de duas formas. A primeira é econômica: todo o leite produzido por vacas doentes precisa ser descartado e não pode ser consumido pelas pessoas.

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31 Março, 2022

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Mastite, a doença que pode provocar perdas de até 14 milhões de litros de leite, é traiçoeira e tem de ser tratada com muito cuidado


O número é assustador: 14.178.023 de litros. Essa é a quantidade de leite que pode ser perdida na produção nacional devido à ocorrência da mastite entre as mais de 16 milhões de vacas que – de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – compõem o rebanho nacional. "O problema é comum especialmente em épocas quentes e úmidas – e o tratamento rápido ajuda a manter os animais ativos e evitar prejuízos", explica Antônio Coutinho, gerente de produtos de animais de produção da Vetoquinol Saúde Animal.

 

"Em média, a doença causa perdas de 40% na produção, o que pode representar até R$ 30,1 bilhões em prejuízos aos produtores de leite. Durante os períodos mais quentes e úmidos, as bactérias que causam a inflamação da mama dos bovinos se proliferam com mais facilidade, o que é motivo de preocupação adicional", alerta Coutinho.

 

A mastite impacta a produção de duas formas. A primeira é econômica: todo o leite produzido por vacas doentes precisa ser descartado e não pode ser consumido pelas pessoas. A segunda está relacionada ao bem-estar animal: as vacas podem ficar inchadas, com vermelhidão e até mesmo feridas nos tetos. 

 

"A mastite clínica geralmente tem três graus. O primeiro provoca alterações no leite e pode ser tratado com antibióticos e/ou antinflamatórios isoladamente, dependendo do agente. O segundo, quando as mudanças no leite se somam à inflamação dos tetos, e o terceiro inclui a prostração do animal. Nos graus 2 e 3, recomenda-se a associação de um antibiótico com um anti-inflamatório, garantido a recuperação rápida do rebanho", destaca o especialista da Vetoquinol.


Fonte: Beatriz Pedrini 

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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