Médica que raptou recém-nascida na cidade de Uberlândia pode pegar até 8 anos de prisão
Numa primeira conversa com policiais, na delegacia, a médica afirmou ter tomado medicamentos fortes no dia anterior e estaria em surto
A médica e professora da Universidade
Federal de Uberlândia Claudia Soares Alves, presa sob a acusação de raptar uma
recém-nascida no Hospital de Clínicas da UFU, pode pegar oito anos de prisão
pelo crime de sequestro. A mulher presa alegou estar em surto.
As polícias Civil e Militar de Minas
Gerais e Goiás realizaram ação para encontrar a mulher. Imagens de câmeras de
segurança, que identificaram o veículo usado por ela, e o fato da médica ter
pagado o pedágio na rodovia BR-365, no sentido do Estado vizinho, foram
importantes para que ela pudesse ser presa.
De acordo com o delegado-chefe do 9º
Departamento da Polícia Civil de Minas Gerais, Marcos Tadeu Brandão, a suspeita
foi presa em casa, na cidade de Itumbiara, em Goiás. A bebê, de nome Isabela,
estava no mesmo local. Inicialmente, a informação era de que elas teriam sido
encontradas na clínica de Claudia.
"Quando os policiais civis chegaram
na casa, perguntaram: ‘Cadê a criança?’. A empregada falou: ‘Tá ali’. Ela ainda
disse que a patroa tinha saído. Eles pegaram a criança e a levaram ao
atendimento médico para ver se estava tudo bem. A equipe se dividiu, outros
policiais permaneceram de campana naquele local, aguardando para efetuar a
prisão dela [Claudia], o que aconteceu pouco tempo depois. Ela foi presa em
flagrante e levada à delegacia de polícia da comarca", disse o delegado.
Ainda de acordo com a chefia da Polícia
Civil, Claudia Soares Alves foi autuada na delegacia de Itumbiara por sequestro
qualificado. "Qualificado porque a vítima é menor de 18 anos e a pena vai
até 8 anos de reclusão", afirmou Marcos Tadeu. Ela foi levada para Unidade
Prisional Feminina de Orizona, também em Goiás. Não se sabe se posteriormente
ela será encaminhada a Uberlândia.
A polícia ainda busca entender a
motivação do crime. Numa primeira conversa com policiais, na delegacia, a
médica afirmou ter tomado medicamentos fortes no dia anterior e estaria em
surto.
Porém existem informações de que ela fingiu estar grávida e chegou a pedir exames de ultrassonografia com pessoas conhecidas. Outro detalhe que vai contra a versão da mulher é a apreensão de vários itens infantis de cor rosa, o que demonstraria que ela estaria montando um enxoval. Isso, de acordo com a polícia, demonstraria premeditação.
Fonte: UAI