Minas reduz mais de 6,5% do ICMS sobre o diesel
Decisão visa diminuir impacto da inflação sobre os mineiros, já que o combustível interfere nos custos de transporte e alimentos
O Governo de Minas Gerais publicou
nesta segunda-feira (25/10) um decreto que vai proporcionar a redução em mais
de 6,5% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) do óleo
diesel. A partir da próxima segunda-feira (1/11), a alíquota do imposto passa
de 15% para 14%. Dessa forma, a base de cálculo do imposto sobre este
combustível - Preço Médio Ponderado Final - será impactada. Considerando a
pesquisa mais recente realizada pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), que
avalia as notas fiscais emitidas por 4.272 postos revendedores distribuídos em
mais de 800 municípios mineiros, haverá redução prática de 6,5% do valor do
tributo.
Isso significa que,
com a atual alíquota de 15%, o imposto seria de R$ 0,75894 (diesel S500) e de
R$ 0,76689 (diesel S10). No entanto, após a redução, o imposto ficará em R$
0,708344 (diesel S500) e R$ 0,715764 (diesel S10). É importante salientar que,
para ser efetiva, a redução deverá ser refletida no preço final cobrado nas
bombas dos postos revendedores, algo que foge ao controle do Estado.
O governador Romeu
Zema disse a decisão é uma forma de socorrer os mineiros, especialmente os mais
pobres, já que o preço do diesel interfere diretamente no custo do transporte e
no preço dos alimentos.
“Temos tido um aumento constante no preço do
combustível nos últimos 12 meses. Além disso, temos assistido também uma alta
no preço do gás, de vários produtos alimentícios. Tudo isso faz com que a renda
das pessoas fique comprometida. Hoje, qualquer mineiro que vai ao supermercado,
sabe que o dinheiro dele vai render menos. E como o diesel é um produto que
compõe o preço de quase tudo no Brasil, já que tudo é transportado,
conseguimos, na última semana, alterar o valor do ICMS que é cobrado por litro
de óleo diesel", disse.
A decisão de
reduzir a alíquota do ICMS do diesel vai representar R$ 29,6 milhões/mês (R$
355,2 milhões/ano) de recursos que permanecerão na economia, ao invés de se
transformarem em aumento de arrecadação.
Vale ressaltar que
não há renúncia de receita, mas uma interrupção no aumento do valor do ICMS
recebido, gerado pela variação do preço dos combustíveis promovido pela
Petrobras.
“Os preços dos combustíveis aumentam por causa da
variação do câmbio e do preço internacional do petróleo. Aqui em Minas estamos
fazendo a nossa parte. Não queremos que o aumento afete as famílias. Não é
justo que o cidadão, que já está em condições muito ruins, continue a se
prejudicar cada vez mais com a inflação. Com o decreto, não resolvemos o
problema, mas damos a nossa contribuição. Não é justo que Estado aumente sua
arrecadação com aumentos que sacrificam os mineiros”, pondera o
governador.