Missa Campal e Procissão encerram a Festa de Nossa Senhora da Piedade de Lagoa Formosa
A festa em homenagem à Padroeira completou em 2025 cento e quarenta e sete anos
A Festa de Nossa Senhora da Piedade de Lagoa Formosa
se encerrou nesta segunda-feira (8/9), data em que se comemora o dia da
padroeira da cidade. Uma multidão de fiéis lotou a Praça da Matriz para
assistir à celebração da Missa Campal em homenagem à Santa. Em seguida
aconteceu a procissão pelas principais ruas do centro da cidade (vídeo).
Milhares de pessoas se confraternizaram no evento
religioso mais importante para os lagoenses. A festa em louvor a Nossa Senhora
da Piedade, é atualmente uma das maiores festas religiosas da Diocese de Patos
de Minas. Na Igreja Matriz celebram-se as novenas com participação de todas as
comunidades rurais.
A festa em homenagem à Padroeira completou, em 2025, cento e quarenta e sete anos. O evento teve início no dia 30 de agosto, sendo
que na madrugada de domingo (31) aconteceu o Dia do Romeiro, uma noite
reservada para os fiéis que fazem caminhadas de várias partes do município e
outras regiões do estado irem até o santuário de Nossa Senhora da Piedade.
No dia da Padroeira é realizada uma intensa
programação, que se encerra com a celebração da Santa Missa e a procissão que leva
milhares de fiéis a percorrerem algumas ruas da cidade com a imagem de Nossa
Senhora da Piedade.
Veja abaixo a história da Paroquia de Nossa
Senhora da Piedade:
Os primeiros cultos religiosos eram
realizados na Casa de Oração de Manoel Felipe Fernandes Canêdo, pelo vigário da
então freguesia Pe. Cândido da Rocha Camacho. Com o crescimento do lugarejo, os
habitantes resolveram construir a Igreja de Nossa Senhora da Piedade (não se
sabe ao certo a data). Escolhido o local, uma pequena planície onde hoje se encontra
a matriz da cidade, bem defronte a lagoa, começava o trabalho. Coube ao Capitão
Manoel Fernandes Canêdo começar a construção do que chamamos “igreja velha”.
Era uma arquitetura historicamente belíssima, em estilo bem da época, com
portas enormes e janelas que mais pareciam portas, saindo do coro para a praça.
A conclusão coube a João Batista Coelho.
Bem à frente a “igreja velha“, no ano de 1866, ergue-se o Cruzeiro, marco da
religiosidade do povo lagoense . Ficou no lugar durante 99 anos, caiu no dia 13
de junho de 1965, sob no olhar do então vigário Frei Francisco Maria de
Uberaba.
No ano de 1957, homens idealistas e
corajosos juntamente com o vigário da época, Frei Joaquim de Gangi, erguem
sobre a nossa modesta, porém belíssima igreja velha, a atual igreja Matriz. A
Matriz de Nossa Senhora da Piedade fora construída sobre a sua antecessora no
local e ela ocupava apenas o presbitério da igreja atual. A demolição não fora
apenas para desobstruir o local. Muito se aproveitou da igreja velha. O sino
até hoje é o mesmo que o “ Sr. Rimualdo” adquiriu por 12.000.000 de cruzeiros.
O altar de mármore fora colocado em 29 de agosto de 1963, o vigário era Frei
Francisco Maria de Uberaba.
Os bancos foram colocados em 15 de agosto
de 1966, quando o vigário era Frei Rafael. O relógio da matriz, sonho dos
paroquianos, foi instalado no dia 13 de março de 1967 e começou a funcionar no
dia 22 de março de 1967, às 14 horas, sob a coordenação do religioso que aqui
habitava Frei Marcos. Em 1968, Frei Conrado e Frei Marcos conseguiram o
primeiro aparelho de som para a igreja, que foi instalado entre 15 e 22 janeiro
de 1968.
A matriz testemunhou dentre outras
cerimônias importantes, a primeira missa do Padre Moreira (hoje Dom Moreira )
filho ilustre de Lagoa Formosa, Seguia-se assim uma corrente que começava
alguns anos antes Dom o Padre Mundim, e depois, em 3 de outubro de 1971, com o
Padre Dercílio e depois, com Frei Tibúrcio, Frei Ildeu, Frei Zacarias, Padre
Maurino, Frei Antônio Geraldo, Frei Sebastião e Padre Sebastião Braga, Pe.
Edson José Nogueira.
A padroeira de Lagoa Formosa é Nossa
Senhora da Piedade, desde que era um pequeno vilarejo, não se tem uma data
certa da sua primeira festa, mas acredita que seja no ano de 1856. No início
era somente a reza do terço, nos dias de novenas, a Celebração da Santa Missa
ocorria somente no dia da festa, pois o Padre tinha que vir de outras
comunidades. Havia também a procissão logo após a celebração.
Fonte: Livro “Das Histórias de Colo ao Canto da Alma”
de Célio Moreira Fonseca