Monumento em memória aos combatentes patenses da Segunda Guerra Mundial é inaugurado em Patos de Minas
Para a felicidade dos familiares, os 12 pracinhas puderam regressar da guerra para as suas casas
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Na manhã desta sexta-feira (21), no dia em que se celebra os 80 anos da tomada de Monte Castelo, pelos brasileiros, na Itália, o Tiro de Guerra 04-13 de Patos de Minas inaugurou um monumento em memória aos 12 patenses que fizeram parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB) lutaram durante a Segunda Guerra Mundial.
O evento reuniu autoridades do poder municipal e familiares dos 12 combatentes que foram homenageados com certificados durante a cerimonia.
Participaram da guerra, os seguintes patenses: Hildebrando José de Souza, Cláudio Dias Maciel, Altino José Ferreira, Geraldo Cardoso dos Santos, Jaime Ramos, José Alves Coelho, Walter Coelho, Walter Vandir da Cunha, Aristides Santos, Gaspar Guimarães Silva, Wilson Moreira de Andrade e Jaime Pinto da Rosa.
Para a felicidade dos familiares, os 12 pracinhas puderam regressar da guerra para as suas casas. Apenas Geraldo Cardoso dos Santos foi ferido gravemente, sendo levado para os Estados Unidos a fim de se submeter a um rigoroso tratamento. Feriu-se também Walter Vandir da Cunha, com menor gravidade.
Confira um pouco da história dos combatentes patenses durante a guerra:
Cláudio Dias Maciel recebeu o encargo de identificador de corpos de brasileiros, alojado na segunda linha de frente. Muitas vezes transpunha a primeira linha, avançando até ao campo inimigo para retirar os corpos a fim de dar-lhes uma sepultura condigna de herói da Pátria tombado em campo de batalha. Enfrentou muitos perigos, arriscou a sua vida, mas cumpriu, com ato de bravura, a sua nobre missão.
Altino José Ferreira tinha a função de atirador de fuzil e metralhadora na primeira linha de frente.
Geraldo Cardoso dos Santos, Jaime Ramos e Jaime Pinto Rosa eram fuzileiros, componentes de um grupo de 12 pracinhas.
José Alves Coelho era motorista, encarregado de transportar material de guerra da retaguarda para a frente de batalha, correndo o risco de ser atingido por minas antitanques. Felizmente, jamais foi atingido.
Walter Vandir da Cunha pertencia à Companhia de Serviço, realizando o serviço de contato com os inimigos, após o rompimento da linha inimiga, missão bastante árdua e perigosa.
Tenente Gaspar Guimarães da Silva, era comandante de pelotão.
Os sargentos Wilson Moreira de Andrade, Miguel Andrade e Aristides Santos comandavam grupos de fuzileiros.
Hildebrando José de Souza, que recusou diversas promoções, sobretudo por causa da tremenda responsabilidade do comando, exercia a função principal de telefonista, em contatos com patrulhas de vigilância, de reconhecimento, de emboscada e de desorganização inimiga. Comandou ainda seção de metralhadora. Tomou parte em diversos ataques, sobretudo em Montese.
Fonte: EFECADEPATOS