Moradores dos Bairros Cristo Redentor e Lagoa Grande temem surgimento de cracolândia em Patos de Minas
Crescimento de usuários de drogas nas ruas preocupa. Prefeitura alega que não pode remover indivíduos em situação de rua e a Polícia Militar se diz empenhada e pede que cidadãos denunciem.
Moradores dos Bairros Lagoa Grande e Cristo Redentor procuraram
a reportagem para reclamar da grande quantidade de usuários de drogas na Rua
Barão do Rio Branco, aos fundos de um hipermercado. A Prefeitura de Patos de
Minas e a Polícia Militar tentam resolver o impasse.
Os moradores
enviaram flagrantes. Eles têm medo que a esquina da Rua Barão do Rio Branco com
a Rua Mato Grosso se torne uma “Cracolândia” em Patos de Minas. Indignados,
eles cobram respostas das autoridades competentes.
Procurada, a
prefeitura respondeu o local recebe rondas semanais do Centro de Referência à
Assistência Social (CREAS). A coordenadora informou que pedirá reforço do
trabalho nessa região.
A prefeitura
segue na afirmativa que não pode proibir ou retirar os moradores em situação de
rua do local. Sobre o uso de drogas, o município alega que a responsabilidade é
da Polícia Militar.
Também
questionada, a Polícia Militar respondeu por nota.
A Polícia Militar, após ser procurada
por órgãos de imprensa, a respeito de denúncia de desordens que ocorrem nas
proximidades de hipermercado no Bairro Cristo Redentor, destaca as diversas
ações preventivas realizadas nos bairros do entorno.
Neste ano, até o mês de maio, foram
realizadas 28 fiscalizações de egressos do sistema penitenciário quanto a
medidas restritivas e condicionantes da liberdade. Além disso, foram realizadas
diversas ações e operações na região, cujos resultados foram a prisão de 38
pessoas por crimes como embriaguez ao volante, uso de drogas, posse de arma
branca, tráfico de drogas e receptação. Ainda foram realizados 13 registros,
com prisões, relativas à desobediência de ordem judicial e desacatos. Foram
capturados 02 foragidos da justiça e 04 pessoas por tráfico de drogas. Ao todo,
foram 224 operações e 157 prisões nos bairros indicados.
Por Igor Nunes