MPF volta a pedir restrição do tráfego de veículos pesados na BR-365 durante festa em Romaria
O objetivo é evitar acidentes na rodovia que tem tráfego intenso
O Ministério Público Federal (MPF) voltou a pedir a restrição de tráfego de veículos pesados no trecho da rodovia BR-365 entre as cidades de Uberlândia e Romaria, durante o período da festa de Nossa Senhora da Abadia. A nova recomendação foi feita na última sexta-feira (2).
O objetivo da medida é tentar evitar acidentes na rodovia, como o ocorrido neste domingo (4), em que três pessoas morreram depois que um carro atingiu um caminhão e atropelou um grupo de ciclistas que seguia para Romaria.
A reportagem entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Apenas a PRF se manifestou.
Em 2018, a PRF chegou a analisar a possibilidade de fazer a restrição, mas dias depois informou ao MPF que não teria condições. Contudo, tentaria adotar a medida em 2019. Por isso, o procurador da República em Uberlândia, Leonardo Andrade Macedo, fez o pedido novamente, na última sexta-feira (2).
O aposentado Sebastião Pereira de Resende, que há 20 anos vai com a família para a cidade de Romaria pela BR-365, foi quem fez a primeira representação junto ao MPF pedindo a restrição. Em 2018, quando ele fazia o trajeto, ele passou um susto e por pouco não se machucou. “Houve uma ultrapassagem entre duas carretas muito próxima a mim. E a pressão do vento me jogou na valeta. Eu vejo o perigo que corremos, então procurei o Ministério Público para restringir esses veículos pesados”, conta o aposentado.
Na recomendação feita pelo MPF ao DNIT e à Polícia Rodoviária Federal (PRF), bitrens, carretas, caminhões e ônibus, nos dois primeiros finais de semana de agosto, deveriam seguir outras rotas ao invés do trecho da BR-365.
A rota alternativa seria por Monte Carmelo, Estrela do Sul, Araguari e Uberlândia. Ou ainda, Nova Ponte, Uberlândia, Araguari, Estrela do Sul e Monte Carmelo. Com isso, seriam acrescidos 25 km ao trajeto, o que segundo o MPF não acarretaria prejuízo aos motoristas e às empresas de transporte.
A PRF afirmou que a Coordenação de Operações já informou ao MPF sobre a impossibilidade de fazer a restrição, justificando os motivos.
Fonte:G1/Foto:divulgação