Operação da Polícia Federal cumpre mandados em Carmo do Paranaíba e Patos de Minas
O líder, investigado por crimes violentos e homicídio, foi preso em junho de 2022 em Campinas, após investigações que descobriram o uso de identidades falsas e a posse de uma arma ilegal.
Na manhã desta quinta-feira (17), a Polícia Federal,
em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(GAECO) de São Paulo, deflagrou a Operação Ladinos, que visa desmantelar uma
organização criminosa envolvida em roubos de carga, tráfico de drogas,
homicídios e lavagem de dinheiro. A operação ocorre em seis estados, incluindo
Minas Gerais, onde as cidades de Patos de Minas e Carmo do Paranaíba foram
alvos de mandados de prisão e busca e apreensão.
Em Patos de Minas, um galpão no bairro Cidade Nova foi
alvo de mandado de busca. O local teria sido alugado pela empresa, suspeita de
envolvimento, em 2022. Atualmente o galpão é alugado por uma multinacional.
Nada de ilícito foi encontrado.
A operação também foi desencadeada em Carmo do
Paranaíba, onde mandados de prisão e de busca foram cumpridos em residências e
em duas empresas. Defensivos agrícolas com procedência duvidosa foram
apreendidos.
A Operação Ladinos, iniciada em 2022, revelou dois
núcleos de atuação da quadrilha: um voltado a crimes violentos, como roubos de
carga e homicídios, e outro focado no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A organização atuava em diversos estados, utilizando empresas de fachada e
identidades falsas para ocultar seus lucros.
Com o cumprimento de 19 mandados de prisão temporária
e 21 de busca e apreensão, a ação já resultou no sequestro de bens avaliados em
R$ 382 milhões. Além de Minas Gerais, a operação ocorreu em São Paulo, Sergipe,
Bahia, Pernambuco e Alagoas. As investigações apontam que parte significativa
dos lucros ilícitos da quadrilha era reciclada em negócios no setor
agropecuário em Minas Gerais, reforçando a importância das operações realizadas
no estado.
OPERAÇÃO LADINOS
Segundo o dicionário a palavra "Ladino",
refere-se a uma pessoa que age com astúcia e manha. A operação foi batizada com
esse nome devido a capacidade dos investigados no desenvolvimento de um
complexo sistema de diluição e ocultação dos proventos do crime.
O líder, investigado por crimes violentos e homicídio,
foi preso em junho de 2022 em Campinas, após investigações que descobriram o
uso de identidades falsas e a posse de uma arma ilegal.
A organização é alvo de múltiplos processos, com penas
que podem chegar a 28 anos de prisão. A Operação Ladinos faz parte de um
esforço maior, que resultou em mais de 200 prisões e várias outras operações
desde 2021.
Fonte: Lélis Félix – Patos Notícias