Operação Vetus: ação integrada de combate à violência contra a pessoa idosa registra mais de 600 prisões e 16,9 mil vítimas atendidas
Ação realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos contou com mais de 15 mil profissionais em todo o Brasil
A Operação Vetus, coordenada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública e criada para reforçar o combate aos crimes de violência
contra a pessoa idosa em todo o país, atingiu, em um mês, a marca de 16.911
vítimas atendidas, 258 vítimas resgatadas, 614 prisões e 48 menores
apreendidos. A ação chegou a 3.220 municípios nos 26 estados e no Distrito
Federal.
Este ano, cerca
de 15,7 mil profissionais atuaram entre os meses de agosto e setembro em ações
preventivas e repressivas, com a apuração de 12.139 denúncias e a realização de
24.245 diligências. Foram solicitadas 1.545 medidas protetivas de urgência, instaurados
3.700 inquéritos policiais e cumpridos 409 mandados judiciais.
Além das ações
repressivas, a Operação Vetus também atuou na prevenção e conscientização sobre
crimes de violência contra idosos. Nesta edição, mais de 494 ações educativas
foram realizadas em todo o Brasil.
Histórico
A Operação Vetus é realizada anualmente desde 2020, em parceria
com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH),
Ministério Público e polícias Civil e Militar.
Denúncias
Qualquer cidadão
pode denunciar casos de violência contra a pessoa idosa por meio dos canais do
Disque 100 da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e/ou pelos telefones 197
da Polícia Civil e 190 da Polícia Militar. Também é possível denunciar
utilizando o aplicativo Direitos Humanos Brasil do (MMFDH) e
presencialmente em qualquer Delegacia Especializada na Proteção ao Idoso ou
outra unidade da Polícia Civil.
Saiba mais:
Violência física
- na maioria das vezes, ocorre dentro do idoso (a) e é provocada por
pessoas próximas, como filhos, cônjuge, netos, cuidadores, dentre outras. Em
geral, são agressões, tapas, pontapés, beliscões e empurrões.
Violência
psicológica - se constitui de agressões verbais, menosprezo, desprezo ou
qualquer ação que traga sofrimento emocional, como humilhação, afastamento do
convívio familiar ou restrição à liberdade de expressão.
Negligência
- recusa ou omissão de cuidados. Se manifesta com frequência tanto no seio
familiar como em instituições que prestam serviços de cuidados e acolhimento a
pessoas idosas.
Violência
institucional - qualquer tipo de violência exercida dentro do
ambiente institucional (público ou privado). As instituições podem cometer esse
tipo de negligência por meio de ações desatenciosas ou omissivas por parte de
funcionários.
Abuso
financeiro - exploração ilegal ou uso não consentido pela pessoa idosa de
seus recursos financeiros. Normalmente, o violador se apropria indevidamente do
dinheiro, cartões bancários e utiliza os valores com finalidades que não sejam
a promoção do cuidado.
Violência
patrimonial - qualquer prática ilícita que comprometa o patrimônio do
idoso, como forçá-lo a assinar um documento sem lhe ser explicado para que fins
é destinado, alterações em seu testamento, fazer uma procuração ou ultrapassar
os poderes de mandato, antecipação de herança ou venda de bens móveis e imóveis
sem o consentimento espontâneo do idoso, falsificação de assinatura, etc.
Violência
sexual - ato sexual utilizando pessoas idosas, que visa obter excitação,
relação sexual ou práticas eróticas, através de coação com violência física ou
ameaças.
Discriminação -
comportamentos discriminatórios, ofensivos, desrespeitosos em relação à
condição física característica de uma pessoa idosa, desvalorizando e
inferiorizando-a simplesmente por sua condição.
Fonte: gov.br