Patos de Minas: Defensoria Pública mineira abre inscrições para o “Mutirão Direito a Ter Pai 2020”
Patos de Minas é uma das cidades do interior do estado que participa do Mutirão
A
Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) já está com os canais digitais
ativados para receber as inscrições de quem quiser participar do “Mutirão
Direito a Ter Pai 2020”.
Esta será a 8ª edição estadual
do mutirão de reconhecimento de paternidade/maternidade, promovido anualmente
pela Instituição. A iniciativa extrajudicial será realizada durante o mês de
outubro, em Belo Horizonte e em mais 32 unidades da DPMG no interior do estado.
Todo o serviço é gratuito e
contempla exames de DNA e reconhecimento espontâneo de paternidade.
O formato do evento foi
adequado de forma a ser realizado com todos os cuidados sanitários de prevenção
à Covid-19.
Inscrições remotas
As inscrições serão feitas
exclusivamente de forma remota, pelos canais digitais da Defensoria, no período
de 1º a 30 de setembro.
Cada unidade disponibilizou
endereço de e-mail e/ou número de Whatsapp para receber as inscrições.
Os interessados em
participar devem enviar a documentação necessária (clique aqui para ver a
documentação) diretamente para a unidade da DPMG de sua cidade (clique aqui
para ver a relação das unidades e os canais digitais).
Exame de DNA
Nos casos em que será
necessário o exame de DNA, a coleta será realizada nos laboratórios em que a
DPMG tem convênio. A marcação será feita pela própria Defensoria, com os
devidos cuidados, em horários espaçados e pré-determinados, para respeitar a
distância social imposta pela pandemia do novo coronavírus.
Ao se inscrever para fazer o
exame, a pessoa que pretende ser reconhecida ou seu representante legal (no
caso de menores de idade) deverá informar o nome, número de telefone e endereço
do suposto pai.
A Defensoria Pública entrará
em contato para convidar o suposto pai para participar do Mutirão e informando
o dia, horário e endereço do laboratório onde será feito o exame de DNA.
O suposto pai que deseja
reconhecer espontaneamente o filho também pode fazer a inscrição para
participar do mutirão. Nesse caso, ele deverá informar o nome da pessoa que
deseja reconhecer, número de telefone e endereço.
Reconhecimento espontâneo
Para aqueles que quiserem
fazer o reconhecimento espontâneo, as partes (pai ou mãe e filhos) também devem
enviar a documentação por e-mail ou Whatsapp. A Defensoria Pública marcará uma
sessão virtual entre eles e um defensor.
Após a sessão, as partes
receberão o Termo de Reconhecimento, que será encaminhado pela DPMG também
pelos canais digitais. Os próprios assistidos poderão imprimir o
documento, que deverá ser entregue assinado na unidade da Defensoria em que se
inscreveram.
As pessoas que tiverem
dificuldade para imprimir o Termo poderão se dirigir à Defensoria, em data e
horário previamente agendados, onde receberão apoio.
Agendamento
O Mutirão “Direito a Ter
Pai” acontecerá durante todo o mês de outubro, mas à medida que as pessoas
forem se inscrevendo já serão agendados os exames de DNA e as sessões virtuais,
que podem acontecer em setembro também.
A intenção da Defensoria
Pública é que os participantes do Mutirão possam ter a sua paternidade
reconhecida até o final de outubro, mês em que se comemora o Dia das Crianças.
Unidades e canais para inscrição
Clique aqui para
ver as unidades participantes e os canais digitais de cada uma para inscrição*.
*Pessoas interessadas em
participar do Mutirão e que moram em cidades da Região Metropolitana que não
estejam na listagem (Contagem, Ibirité, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves) podem
se inscrever em Belo Horizonte. Para essas pessoas, o exame será agendado em
Belo Horizonte.
Documentação necessária
Confira abaixo a relação de
documentos.
– Certidão de nascimento
daquele que pretende ser reconhecido, sem
o nome do pai ou da mãe na certidão de nascimento
– Documento pessoal com foto
– Comprovante de endereço
– Documento pessoal do
representante legal, no caso de requerente menor
– Nome, número de telefone e
endereço do suposto pai
“Direito a Ter Pai”
Um levantamento do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) revela que mais de 5,5 milhões de crianças
brasileiras não têm o nome do genitor na certidão de nascimento. A realidade
assustadora confronta o fato de que o afeto familiar é uma marca importante no
desenvolvimento e crescimento da pessoa.
Ter o nome do pai na
certidão de nascimento é um direito fundamental da criança e do adolescente
garantido na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. O
registro assegura direitos tais como recebimento de pensão alimentícia,
regulamentação de convivência e direitos sucessórios.
O problema é histórico e mesmo
que seja, em alguns momentos, tratado de forma natural, merece atenção e
reparação. Pensando nisso, a Defensoria Pública de Minas Gerais promove o
mutirão “Direito a Ter Pai” desde 2011.
O objetivo é garantir à
criança, ao adolescente e ao adulto, o direito a ter o nome do pai ou da mãe em
seu registro de nascimento.
O Mutirão “Direito a Ter
Pai” já superou a marca de 50 mil atendimentos em Minas Gerais desde sua
primeira edição.
Alessandra Amaral/Jornalista DPMG