Patos de Minas - Mulher é presa por desacato, ameaça e perturbação após confusão em hospital
Consta no boletim de ocorrência que ela possui antecedentes pelos crimes de desacato e lesão corporal

Uma ocorrência de desacato, desobediência e
perturbação do trabalho terminou com a prisão em flagrante de uma mulher de 35
anos em um hospital particular em Patos de Minas. O caso envolveu funcionários
da unidade de saúde, uma acompanhante e uma equipe da Polícia Militar.
Segundo informações, a mulher acompanhava a mãe, que
passaria por uma avaliação de um procedimento cirúrgico. Durante o atendimento,
conforme relato da gerência do hospital, a acompanhante apresentou
comportamento “nervoso e agressivo”, interrompendo os
profissionais, impedindo a continuidade dos atendimentos e causando desconforto
entre médicos, funcionários, pacientes e outros acompanhantes.
A Polícia Militar foi acionada para intervir. No
local, os policiais tentaram ouvir as partes envolvidas, mas a mulher teria
reagido de forma hostil, questionando o motivo de a guarnição ouvir primeiro os
funcionários e não ela, que havia feito o chamado. Mesmo após explicações sobre
o procedimento padrão, ela voltou a ligar para a central, reclamando da atuação
dos militares.
Durante o diálogo com um dos policiais, a mulher em
tom considerado arrogante, afirmou que não queria conversar com ele por se
sentir coagida, e passou a debochar, dizendo: “Por que você está
gaguejando?”. Em seguida, ao ser advertida sobre o comportamento,
respondeu: “Fica aí, gaguinho, que eu vou ver a minha mãe”.
Diante das ofensas e da recusa em acatar as ordens, a
equipe decidiu pela prisão em flagrante. A mulher tentou se afastar para dentro
do hospital, sendo contida pelos militares. O boletim descreve que ela ofereceu
resistência passiva, gritando e se debatendo, o que exigiu o uso de técnicas de
contenção física e algemação. O registro aponta que ela não apresentou lesões
aparentes.
Mesmo após ser detida, a mulher continuou com atitudes
de desacato. Na delegacia, chamou o policial de “louco”, afirmou
que ele “precisava de tratamento psicológico” e fez ameaças à
guarnição, alegando ter parentes ligados ao Ministério Público.
Em depoimento prestado na presença de sua advogada, a
autora confirmou ter chamado o policial de “gago” por duas
vezes, mas alegou que foi presa de forma injusta e que teria sido agredida
durante a abordagem. Disse ainda acreditar que foi pressionada, enquanto estava
“semiconsciente”, a desbloquear o celular.
A mulher foi autuada por desacato, calúnia,
desobediência, ameaça e perturbação do trabalho ou sossego alheio. O boletim
informa que ela possui antecedentes pelos crimes de desacato e lesão corporal.
Fonte: Clube Notícia