Patos de Minas recebe refugiados e Prefeitura prepara regularização dos imigrantes
Na tarde desta terça-feira (08/12) pelo menos 20 refugiados, a maioria
vinda de países da América Latina, chegou a Patos de Minas. Uma família de
cinco pessoas, já está na cidade e é assistida por uma ONG. O secretário
Municipal de Desenvolvimento Social, Eurípedes Donizete de Oliveira, confirmou
que a Prefeitura providencia a documentação dos estrangeiros. Além disso, ele lembra
que essas pessoas têm direito de ocupar o território nacional na condição de
refugiadas, até que as situações delas sejam regularizadas.
“A cidade vem mantendo seus empregos e gerando mais alguns. Isso acaba
atraindo pessoas que estão precisando trabalhar. Então, nós estamos cuidando,
inicialmente, dessa parte de documentação, alimentação, caso eles precisem”,
esclareceu o secretário. Eurípedes lembrou que, nem todos os refugiados são da
América Latina. Alguns vieram, por exemplo, de países da África.
O desafio agora é regularizar a situação dos imigrantes. A maioria fugiu
dos seus países de origem e buscam uma vida melhor em novas terras.
Segundo Eurípedes Donizete, a maioria é de países como a Venezuela, que vive
grave crise financeira e institucional. O secretário também reforçou que é
preciso acolher os recém-chegados e combater a xenofobia.
“No Brasil, quando a pessoa se declara refugiado, essa pessoa tem um
prazo para que a situação dele seja regularizada”, comentou o secretário. Assim
que estiverem com a documentação em dia, eles terão direito a participar de
programas para se introduzirem no mercado de trabalho local, bem como
aprenderem o idioma.
MORANDO NA RUA COM CRIANÇA PEQUENA
Uma destas famílias de venezuelanos que chegou recentemente em Patos de Minas pede ajuda para conseguir dias melhores, após ter que deixar o próprio país em busca de um lugar melhor para viver. Eles contam que conseguiram carona em um ônibus e viajaram cerca de 40 dias.
Com fome e sem ter onde ficar, a família faz apelo nas ruas e praças da cidade, portando cartazes que indicam a situação difícil pela qual estão passando. ''Precisamos trabalhar, e ai quando conseguirmos um emprego, minha esposa e meus filhos não estarão mais na rua", disse o marido.
Quem quiser ajudar a família de venezuelanos pode ir até a Praça da Avenida Getúlio Vargas onde estavam os refugiados até a manhã desta terça-feira (8).
Redação: Clube Notícia e Patos Já