Prefeito de Patos de Minas, Secretária de Saúde e Superintendente Regional manifestam sobre fechamento do Hospital São Lucas
O prefeito de Patos de Minas, a Secretária Municipal de Saúde e a Superintendente Regional de Saúde participaram de entrevista coletiva
O prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão (PODEMOS), a Secretária Municipal de Saúde, Ana Carolina Caixeta e a Superintendente Regional de Saúde, Noemi Portilho, concederam entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22/06) para falar da situação da saúde pública com o fechamento do Hospital São Lucas. A prefeitura negocia com hospitais particulares e amplia o Hospital de Campanha para receber os pacientes daqui quatro meses, prazo para o fim da prestação do serviço pelo São Lucas.
Segundo Falcão, tudo que a prefeitura poderia fazer
para evitar o fechamento foi feito. “Mas eu não poderia fazer nada que
colocasse as contas da prefeitura em risco”, se referindo a proposta de
arrendamento do Hospital São Lucas.
“Depois que foi anunciada a transferência da
hemodiálise, a prefeitura procurou o São Lucas para oferecer um complemento
financeiro, porém eles não receberam bem a proposta” afirmou o prefeito.
Segundo a Secretária, esse complemento na tabela do SUS, só poderia ser pago
após o fechamento do balanço financeiro da unidade.
Falcão anunciou que contratará hospitais
particulares para prestar os serviços que eram executados pelo São Lucas. O
contrato será pelo valor do consórcio intermunicipal de saúde, CISALP. Segundo
Falcão, o valor gasto será maior se comparado ao gasto com o São Lucas.
Alguns outros procedimentos serão executados no
Centro Clínico do UNIPAM. Haverá uma separação das alas de modo que pacientes
comuns não tenham contato com infectados com a COVID-19.
Durante a coletiva, a superintendente regional de saúde,
Noemi Portilho, falou ainda sobre a lotação do Hospital Regional Antônio Dias –
HRAD. Apesar de preocupada com a situação, Noemi afirma que pacientes não
ficarão desamparados.
Noemi avaliou com tristeza a saída do Hospital São
Lucas do SUS – Sistema Único de Saúde, porém já era um desfecho “já esperado há
algum tempo”. A superintendente reconhece que a tabela do SUS é muito defasada
e para uma instituição de cunho privado é muito difícil de se manter, devido ao
alto custo de medicamentos, equipamentos e etc.
A superintendência tenta agora manter os leitos de
UTI adulta e neonatal em Patos de Minas ou na macrorregião Noroeste. “São
leitos que são necessários em qualquer região e estes leitos a habilitação dele
é do Estado. Então, a partir do momento que uma região não tem ou não quer
estes leitos, o Estado pode colocar a onde estiver necessidade”, explicou.
Sobre o medo de pacientes ficarem desamparados, Noemi afirma que isso não vai
acontecer.
Noemi afirma ainda que está em reunião com o
Hospital Regional Antônio Dias para tentar assumir estes leitos e também em
outros hospitais da região. Sobre a situação do HRAD, ela disse que esteve na
direção e que o Hospital São Lucas chegou a aceitar um bebê que necessitava de
UTI neonatal e estava no bloco cirúrgico do HRAD.
A superintendente disse que está em contato com os
prefeitos e conselho dos secretários de saúde da região e acredita que durante
a semana haverá vários movimentos durante a semana.
Redação: Igor Nunes