Prefeito de Patos de Minas, Secretária de Saúde e Superintendente Regional manifestam sobre fechamento do Hospital São Lucas

O prefeito de Patos de Minas, a Secretária Municipal de Saúde e a Superintendente Regional de Saúde participaram de entrevista coletiva

Notícias | Saúde

22 Junho, 2021

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Prefeito de Patos de Minas, Secretária de Saúde e Superintendente Regional manifestam sobre fechamento do Hospital São Lucas


O prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão (PODEMOS), a Secretária Municipal de Saúde, Ana Carolina Caixeta e a Superintendente Regional de Saúde, Noemi Portilho, concederam entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22/06) para falar da situação da saúde pública com o fechamento do Hospital São Lucas. A prefeitura negocia com hospitais particulares e amplia o Hospital de Campanha para receber os pacientes daqui quatro meses, prazo para o fim da prestação do serviço pelo São Lucas.


Segundo Falcão, tudo que a prefeitura poderia fazer para evitar o fechamento foi feito. “Mas eu não poderia fazer nada que colocasse as contas da prefeitura em risco”, se referindo a proposta de arrendamento do Hospital São Lucas.

“Depois que foi anunciada a transferência da hemodiálise, a prefeitura procurou o São Lucas para oferecer um complemento financeiro, porém eles não receberam bem a proposta” afirmou o prefeito. Segundo a Secretária, esse complemento na tabela do SUS, só poderia ser pago após o fechamento do balanço financeiro da unidade.

Falcão anunciou que contratará hospitais particulares para prestar os serviços que eram executados pelo São Lucas. O contrato será pelo valor do consórcio intermunicipal de saúde, CISALP. Segundo Falcão, o valor gasto será maior se comparado ao gasto com o São Lucas.

Alguns outros procedimentos serão executados no Centro Clínico do UNIPAM. Haverá uma separação das alas de modo que pacientes comuns não tenham contato com infectados com a COVID-19.

Durante a coletiva, a superintendente regional de saúde, Noemi Portilho, falou ainda sobre a lotação do Hospital Regional Antônio Dias – HRAD. Apesar de preocupada com a situação, Noemi afirma que pacientes não ficarão desamparados.

Noemi avaliou com tristeza a saída do Hospital São Lucas do SUS – Sistema Único de Saúde, porém já era um desfecho “já esperado há algum tempo”. A superintendente reconhece que a tabela do SUS é muito defasada e para uma instituição de cunho privado é muito difícil de se manter, devido ao alto custo de medicamentos, equipamentos e etc.

A superintendência tenta agora manter os leitos de UTI adulta e neonatal em Patos de Minas ou na macrorregião Noroeste. “São leitos que são necessários em qualquer região e estes leitos a habilitação dele é do Estado. Então, a partir do momento que uma região não tem ou não quer estes leitos, o Estado pode colocar a onde estiver necessidade”, explicou. Sobre o medo de pacientes ficarem desamparados, Noemi afirma que isso não vai acontecer.

Noemi afirma ainda que está em reunião com o Hospital Regional Antônio Dias para tentar assumir estes leitos e também em outros hospitais da região. Sobre a situação do HRAD, ela disse que esteve na direção e que o Hospital São Lucas chegou a aceitar um bebê que necessitava de UTI neonatal e estava no bloco cirúrgico do HRAD.

A superintendente disse que está em contato com os prefeitos e conselho dos secretários de saúde da região e acredita que durante a semana haverá vários movimentos durante a semana.

Redação: Igor Nunes

Nayala Gontijo

gontijonayalas@gmail.com




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