Produtores de Lagoa Formosa, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas e Rio Paranaíba já contabilizam os prejuízos sofridos com as geadas

Na última terça-feira (20) a região do Alto Paranaíba registrou a madrugada mais fria do ano

Notícias | Agronegócio

22 Julho, 2021

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Produtores de Lagoa Formosa, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas e Rio Paranaíba já contabilizam os prejuízos sofridos com as geadas


A queda brusca na temperatura na última nesta terça-feira (20/07) em todo o país trouxe consequências desastrosas para os produtores rurais da região do Alto Paranaíba. Diversas lavouras de café foram danificadas com a formação de geada em uma das madrugadas mais frias do ano. Na zona rural de Lagoa Formosa os prejuízos não foram somente para os cafeicultores, sendo que o município é um dos maiores produtores de tomate e produtos hortifrúti da região.

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Também em Rio Paranaíba, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas, diversos produtores tiveram enormes prejuízos com o fenômeno natural. Um produtor que possui fazendas na região de Catulés, Coqueiros e Goiabeira já contabiliza os prejuízos que, segundo ele, a geada pode ter afetado uma área de mil hectares plantada.


Em entrevista para o Site Notícias Agrícolas, Donizeti Alves, professor e pesquisar da Universidade Federal de Lavras (UFLA), destaca que para saber o tamanho do estrago é preciso esperar alguns dias, mas ressalta que a área atingida pelo evento climático dessa vez é mais extensa.


A preocupação do especialista é justamente com a safra do ano que vem. “No Sul de Minas e no Cerrado a geada pegou pesado e fez muitos estragos. Só que ao contrário da última vez, desta vez estou bastante preocupado. A experiência mostra que, desta vez, já podemos adiantar um prognóstico sem medo de errar que a situação desta vez é muito séria. Foi geada em cima de geada”, acrescenta.


Nossa redação conversou com um desses produtores do município. Para ele, o prejuízo chega a milhões de reais, uma vez que, a saca do café nesta terça-feira estava sendo comercializada a R$ 950,00. Ele conta que só nos cafezais afetados pela geada em suas propriedades, a perda será de pelo menos 10 mil sacas para o próximo ano.


Antônio Souza, engenheiro agrônomo formado pelo campus da UFV em Rio Paranaíba, ressalta que dependendo do nível de dano da geada, a recuperação pode ser simples como é o caso da chamada geada de capote que é aquela que fica por cima e não danifica o tecido da planta. Nesse caso, de acordo com ele, o produtor precisa apenas fazer o tratamento de fitossanitário e aplicar um cobre para cicatrizar e não deixar entrar fungo na plantação. Já no outro caso, se a geada tiver afetado os tecidos da planta não tem mais o que fazer.


Antônio também ressalta que é necessário o produtor aguardar alguns dias para fazer a avaliação de qual nível que atingiu a planta. O especialista em cafeicultura acredita que a região foi atingida pela geada de capote, uma vez que a o evento climático aconteceu por boa parte do país.

Com informações de Gilberto Martins (Paranaíba Agora)/ Fotos: Whatszap



Nayala Gontijo

gontijonayalas@gmail.com




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