Proprietários de veículos de Lagoa Formosa passam a noite em filas na busca por combustível
Apenas gasolina foi oferecida aos clientes neste sábado
Mesmo com o término
da greve dos caminhoneiros, o efeito dos quase 10 dias de paralisação continua
afetando vários segmentos econômicos e da sociedade em geral. Na madrugada
deste sábado (02/05) centenas de motoristas com seus veículos, formavam filas
quilométricas à espera de abastecimento em um dos três postos de combustíveis
que existem na cidade de Lagoa Formosa.
De acordo com
informações de alguns dos condutores que aguardavam no local, dezenas de carros
já estavam na fila desde o final da noite de sexta (01) na alucinada caça aos
combustíveis que se tornou um tormento para a maioria dos brasileiros,
principalmente aqueles que precisam usar seus automóveis para trabalhar.
Além de prejuízos
gigantescos em vários setores da economia nacional, os efeitos da greve dos
caminhoneiros devem permanecer por longas datas. Estudos indicam que em alguns
setores, como por exemplo, a cadeia leiteira será necessária mais de dois anos
para os produtores sanarem os prejuízos da paralisação.
Em conversa com os
motoristas que aguardavam na fila nesta manhã (02) em lagoa Formosa, a maioria
lamentava a situação, mesmo achando que o ato dos caminhoneiros é legal e consiste
em uma forma de lutar pelos direitos de todos os brasileiros.
Mas se não bastasse
às dificuldades encontradas pelos proprietários de veículos automotores para
conseguirem abastecimento, ainda é preciso lidar com a atitude desumana de
alguns mal intencionados. Inúmeras pessoas vão para as filas, até mesmo, com
galões (apesar da venda ser proibida nesse esse tipo de recipiente) para depois
venderem o produto por preços inaceitáveis.
Em Lagoa Formosa,
uma pequena cidade do Alto Paranaíba, é possível encontrar, por exemplo,
gasolina em menores quantidades, sendo negociada até por 15 reais o litro.
Mesmo sendo um ato até mesmo criminoso, ainda existem consumidores que na busca
desenfreada por um "quebra galho" acaba pagando para não ficar
totalmente sem meios de locomoção.
Em outras cidades como Carmo do Paranaíba,
Patos de Minas, presidente Olegário, Patrocínio e Rio Paranaíba, a situação não
é diferente. Nestes municípios os proprietários de veículos passam pelos mesmos
problemas de abastecimento. Também é preciso levar em consideração que na
maioria destas cidades existem de 3 a 5 postos de combustíveis.
Apenas Patos de
Minas que é a cidade polo dessa região, existem dezenas de postos espalhados
pela cidade, onde o abastecimento já começa a ser normalizado aos poucos. Mas
mesmo assim a corrida por combustível volta a movimentar os postos da cidade de Patos
de Minas, após a divulgação, via Whatsapp, de uma mensagem relatando que a
greve dos caminhoneiros seria retomada neste domingo (03), em todo o país.
Na sexta (01), filas quilométricas ocuparam parte
da Avenida Getúlio Vargas e neste sábado, alguns fornecedores de gasolina,
álcool e diesel amanheceram com muitos veículos a espera de abastecimento.
Os boatos de uma nova paralisação circularam em
vários grupos do aplicativo e voltou a preocupar a população, que não está na
corrida apenas por combustível, mas também pelo gás de cozinha e outros
produtos que estão ameaçados pela volta da greve. De acordo com Claudinei
Bonfim, diretor de fundos da Associação de Transportes Patenses, há pelos
menos, 500 caminhoneiros associados e segundo ele, a maioria concordou em não
fazer parte deste novo ato.
Ainda não há qualquer confirmação sobre as informações que estão sendo espalhadas. O Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nessa sexta-feira (1º) que essas divulgações são falsas.